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Quatro pessoas são acusadas de planejar a colocação de bombas no Aeroporto Internacional John Fitzgerald Kennedy em Nova York. Três pessoas foram presas, uma em Nova York e outras duas em Trinidad, no Caribe. Um quarto suspeito está foragido.

O plano envolvia um ex-funcionário de aeroporto, Russell Defreitas, que tem cidadania americana e ascendência guianense, bem como um ex-membro do parlamento da Guiana, Abdul Kadir, o qual também é um imã (clérigo muçulmano). Os dois, junto com outro suspeito, Kareem Ibrahim, nativo de Trinidad e Tobago, estão presos. As autoridades americanas estão em busca do guianense Abdel Nur. A Guiana, país que foi possessão britânica, está localizada na América do Sul e faz fronteira com o norte do Brasil (Roraima e Pará).

Segundo a procuradora federal Roslynn Mauskopf, "se o complô fosse concretizado, poderia provocar mortes, prejuízos e destruições incalculáveis". "Mas graças aos esforços extraordinários das autoridades, o plano jamais chegou a um estágio operacional", acrescentou. Se forem condenados, os supostos terroristas podem passar o resto da vida na cadeia.

Foi divulgado também o conteúdo de gravações com supostas conversas dos suspeitos. Defreitas, descrito como "um extremista islâmico muito raivoso" pelas autoridades, comenta os impactos que um atentado no aeroporto Kennedy poderia ter sobre o moral americano.

"Toda vez que você ataca algo ligado a Kennedy, é a coisa mais dolorosa para os Estados Unidos. Acertar John F. Kennedy, uau... eles o amam como se fosse 'o' cara. Se você acertar esse alvo, o país inteiro vai ficar de luto. É como matar o cara duas vezes", teria dito Defreitas. "Seria algo pior que o ataque às Torres Gêmeas. Pode destruir a economia americana por algum tempo."

Apoio para o plano

Dois policiais graduados que participaram da investigação afirmaram que não há ameaça iminente ao aeroporto, e que os conspiradores ainda não tinham obtido explosivos. Segundo a polícia, o grupo havia feito análises do local do futuro atentado, e o ex-funcionário do aeroporto havia viajado para a Guiana e para Trinidad e Tobago para tentar conseguir apoio para o plano.

Em Trinidad, a idéia era se aliar a um grupo muçulmano rebelde que atacou o parlamento local em 1990. Segundo a investigação, tanto Nur quanto Kadir trabalhavam em parceria com Jamaat Al Muslimeen, responsável pelo ataque em Trinidad e Tobago.

O plano envolvia a detonação de tanques de combustível no aeroporto, a qual deveria incendiar canos de combustível que correm por baixo dos terminais do complexo. A explosão poderia atingir não apenas todo o aeroporto como também a área residencial vizinha do Queens. Um dos conspiradores teria previsto a "destruição total do [aeroporto] Kennedy", dizendo que restariam poucos sobreviventes no complexo.

Em entrevista coletiva, membros do FBI e da polícia de Nova York afirmaram que, apesar de o plano ter sido desmantelado muito antes de oferecer qualquer perigo real, sua existência mostra que a metrópole continua a ser um alvo tão atraente quanto na época dos atentados de 11 de setembro de 2001.

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