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Argentina

Polícia argentina ocupa empresa do grupo Clarín

Ação judicial teria motivado a invasão da Cablevision, em Buenos Aires, por cerca de 50 agentes da Gerdarmeria Nacional. Jornal Clarín faz dura oposição ao governo de Cristina Kirchner

Cerca de 50 policiais da Gendarmeria entraram na empresa acompanhados por funcionários do judiciário | REUTERS/Marcos Brindicci
Cerca de 50 policiais da Gendarmeria entraram na empresa acompanhados por funcionários do judiciário (Foto: REUTERS/Marcos Brindicci)
Site do Clarín mostra a ocupação desta terça-feira (20) em Buenos Aires |

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Site do Clarín mostra a ocupação desta terça-feira (20) em Buenos Aires

Agentes da Gendarmeria Nacional argentina ocuparam nesta terça-feira (20) a sede da empresa Cablevisión, parte do grupo Clarín, em Buenos Aires. Segundo o site do "Clarín", a ocupação - que durou cerca de três horas - é resultado de uma ordem da Justiça da província Mendoza, onde a companhia não tem operações.

Ainda de acordo com o diário, a medida foi determinada em resposta a uma denúncia apresentada pelo grupo midiático Vila-Manzano, "alinhado ao kirchnerismo", com atuação nacional. O jornal Clarín, que faz dura oposição ao governo de Cristina Kirchner, afirma que a ação da força policial "praticamente não tem antecedentes".

O site não esclarece quais seriam as denúncias apresentadas contra a Cablevisión, mas um processo em Mendoza, iniciado por uma denúncia da empresa Supercanal, do grupo Vila-Manzano, opõe as duas organizações rivais. A ação tem como objetivo anular a fusão da Cablevisión com a companhia Multicanal. A Secretaria de Comunicação do governo emitiu uma resolução anulando a fusão.

De acordo com o "La Nacion", o grupo Clarín já havia pedido o afastamento da juíza Olga Pura de Arrabal por supostos vínculos com o Supercanal. Os filhos da magistrada trabalhariam para a empresa do grupo Vila-Manzano, e o mais velho deles é afilhado de um de seus diretores. O afastamento foi recusado pela Câmara Federal de Mendoza.

O governo de Cristina Kirchner disse ao "La Nacion" que a Gendarmeria Nacional atuou "como apoio auxiliar da Justiça". A Gendarmeria é uma espécie de polícia militar argentina.

Revista de bolsas

Cerca de 50 policiais da Gendarmeria entraram na empresa acompanhados por funcionários do judiciário e por jornalistas de veículos do grupo Vila-Manzano. Um dos andares da empresa foi ocupado enquanto as autoridades exigem documentos da empresa. O jornal afirma que as bolsas das pessoas que entram no prédio estão sendo revistadas.

Em um comunicado, a Cablevisión acusou a empresa responsável pela denúncia de promover uma "manobra com o auxílio de um juiz de Mendoza para tentar intervir" na TV, em um ato "sem precedentes que se inscreve na sistemática campanha de perseguição que o governo nacional realiza contra as empresas do grupo Calrín".

A Gendarmeria Nacional é uma força vinculada ao Ministério da Segurança, com atuação nas áreas de segurança interna, defesa nacional e apoio à política externa, segundo seu site oficial.

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