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Ativistas são cercados pela polícia durante manifestação ocorrida ontem nas proximidades do porto de Copenhague | Jens Norgaard Larsen/Reuters
Ativistas são cercados pela polícia durante manifestação ocorrida ontem nas proximidades do porto de Copenhague| Foto: Jens Norgaard Larsen/Reuters

Duzentas pessoas foram detidas ontem durante protestos em frente do Bella Center, centro onde são realizadas as reuniões da cúpula sobre o clima em Copenhague. Ministros do Meio Ambiente dos 194 países participantes da COP-15 chegaram durante o fim de semana à cidade e já começaram a tentar diminuir o racha entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Cerca de 50 deles se reuniram ontem com a presidente da Cúpula da ONU sobre a Mudança Climática (COP15), a dinamarquesa Connie Hedegaard, para debater um possível acordo para regular as emissões de gás carbônico.

A próxima, e última, semana da conferência é considerada decisiva para se chegar a um acordo sobre as mudanças climáticas.

Pela manhã, o arcebispo Des­­mond Tutu reuniu uma multidão durante a cerimônia de entrega de uma petição assinada por 512.894 pessoas para Yvo de Boer, secretário executivo da cúpula das Nações Unidas sobre Mudanças Climáti­cas. De Boer afirmou que espera que tanto as nações ricas como as mais pobres façam mais concessões para chegar a um acordo sobre a redução das emissões. Ele criticou a briga entre China e Estados Unidos, os principais poluidores, e pediu que os governantes fizessem mais não só para o seu país, como para todos os outros. "A China quer que os Estados Unidos façam mais concessões. Os Estados Unidos querem que a China ceda mais. Eu espero que chegue o dia em que todos os países queiram fazer mais uns pelos outros", afirmou o secretário executivo.

Nesta semana, líderes como o presidente americano, Barack Obama, e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, chegam para participar da cúpula na Dinamarca. Entre os principais pontos de discussão estão como e quanto devem ser os cortes das emissões e quem deve pagar pelas perdas financeiras causadas pela medida.

Países como China e Índia afirmam que nações industrializadas é que devem pagar a conta, e que suas metas de redução devem ser maiores do que as dos países em desenvolvimento. "Um acordo certamente é possível. Se todos nós confiarmos que estamos aqui com coragem e convicção para fazer o bem, podemos chegar a um acordo justo em Copenhague", declarou o ministro do Meio Ambiente indiano, Jairam Ramesh.

No sábado, protestos em Copenhague reuniram mais de 100 mil pessoas. Elas fizeram uma passeata até o Bella Center, onde acontecem as reuniões, e pediram cortes mais duros e decisões mais firmes aos governantes. Cerca de 900 pessoas foram detidas. Dezesseis delas permanecem sob custódia policial. A polícia dinamarquesa montou um forte es­­quema de segurança, envolvendo milhares, no trecho de seis quilômetros onde ocorreu o protesto, isolando prédios e fe­­chando algumas ruas. Os manifestantes foram acompanhados por helicópteros.

Além de manifestações violentas em Copenhague, sede da COP-15, grupos se reuniram na Austrália, nas Filipinas, na África do Sul, no Japão e na China.

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