
A polícia do Egito usou bombas de gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar aliados do presidente deposto Mohamed Mursi em uma manifestação ontem no Cairo. Os islamitas ocupam o acesso ao complexo que concentra os principais canais de televisão privados do país.
A manifestação acontece no dia em que a Irmandade Muçulmana convocou protestos contra a remoção dos acampamentos feitos pela entidade em dois locais da capital egípcia para manifestações a praça em frente à mesquita de Rabia al-Adawiya e a região da Universidade do Cairo.
As áreas são ocupadas desde 3 de junho, quando Mursi foi retirado do poder pelos militares. Apesar do pedido das autoridades para deixar os locais, o Ministério do Interior informa que os aliados do presidente deposto montam um novo acampamento perto do aeroporto internacional.
Ainda não há informações de mortos e feridos durante as manifestações e a ocupação. Enquanto isso, forças de segurança anunciaram que pretendem fazer um cerco aos militantes nos dois principais locais de protesto para tentar dispersar o acampamento.
O cordão de isolamento é feito dois dias após o governo interino anunciar que pretende retirar os islamitas da região.
Em entrevista ao Washington Post, o vice-presidente Mohamed ElBaradei defendeu o chefe militar Abdel Fattah al-Sisi. "Ele entende que tem de haver uma solução política. Mas é claro que ele tem a responsabilidade de proteger o país na questão da segurança", disse.



