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Israel

Polícia monta esquema de segurança para parada gay em Jerusalém

A polícia de Israel começou na quinta-feira a reforçar sua presença dentro de Jerusalém e nas cercanias da cidade, em meio a esforços para proteger os participantes da Parada do Orgulho Gay depois de ameaças feitas por judeus radicais.

A disputa sobre se a manifestação seria ou não realizada na cidade sagrada trouxe à tona uma das muitas questões responsáveis por dividir a sociedade israelense e levantou dúvidas sobre como preservar a natureza religiosa de Jerusalém, considerada sagrada para as três maiores religiões monoteístas do planeta.

Muitos judeus, muçulmanos e cristãos devotos consideram a homossexualidade uma abominação. A maior parte dos judeus que moram em Jerusalém são praticantes.

Policiais começaram a fechar algumas das vias de tráfego da cidade preparando-se para a marcha. O evento acontecerá ao longo de uma rua e deve terminar em um parque localizado cerca de 500 metros à frente de seu ponto inicial.

"A polícia está de prontidão e dispõe de todos os equipamentos necessários para enfrentar qualquer distúrbio ou ato esporádico de violência, caso ocorram", afirmou Micky Rosenfel, porta-voz da polícia, acrescentando que cerca de 7.000 integrantes das forças de segurança haviam sido mobilizados.

A marcha anual é realizada na cidade desde 2001, e houve poucos atos de violência praticados por religiosos.

Mas, em 2005, um judeu ultra-ortodoxo esfaqueou e feriu três participantes do evento. O agressor acabou condenado a 12 anos de prisão.

No ano passado, em meio a ameaças feitas por judeus radicais, o evento não aconteceu nas ruas de Jerusalém. Ao invés disso, houve uma reunião do Orgulho Gay em um estádio protegido por milhares de policiais.

Israel também é palco de uma parada do Orgulho Gay realizada todos os anos em Tel Aviv, uma cidade mais secular. Esse evento é menos polêmico. Na semana passada, cerca de 20 mil pessoas participaram dele.

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