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A polícia italiana prendeu nesta quarta-feira três pessoas acusadas de colaborar com o líder máximo da máfia siciliana Cosa Nostra, Bernardo Provenzano, capturado na terça-feira em uma casa de campo perto de sua cidade natal, Corleone, na Sicília. Provenzano ficou 43 anos foragido da Justiça.

O chefe da divisão móvel da Polícia de Palermo, Giuseppe Gualtieri, afirmou que os detidos são três "corleoneses" que levavam ao mafioso roupas, comida e os famosos "pizzini", bilhetes codificados escritos em pequenos pedaços de papel e usados por Provenzano para se comunicar com seus colaboradores.

- Eles cuidavam das comunicações, faziam entregas e davam assistência logística - informou Gualtieri à televisão Sky TG24.

O chefe de polícia acrescentou que a prisão de Provenzano é "um ponto de partida" e que as investigações continuam. Era oferecida uma recompensa de 2,5 milhões de euros pela captura do mafioso.

As últimas detenções, ordenadas pela Promotoria de Palermo e pela Direção Nacional Antimáfia, foram executadas pelo mesmo grupo de agentes que prendeu na terça o número um da Cosa Nostra.

O chefe da máfia siciliana estava escondido em uma velha casa de campo em Corleone, cujo proprietário, um pastor, Giovanni Marino, foi detido pouco depois da captura de Provenzano.

A polícia acredita que o "chefe dos chefes" se encondia há cerca de um ano nesta casa, onde foram encontradas várias cópias da Bíblia e a máquina que ele usava para escrever seus famosos "pizzini". Nos bilhetes, o mafioso sempre dava "graças a Deus" e a Ele confiava sua proteção e a de seus comparsas.

Fontes próximas da investigação detalharam que o líder da Cosa Nostra passava os dias sozinho, nos três quartos da residência, que tinha as janelas tampadas com plásticos e um pátio aberto. Foram encontrados ainda uma televisão, um aquecedor elétrico e um fogão, também elétrico.

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