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Luto

Polícia suspeita que Whitney Houston morreu afogada

Homenagens à cantora, morta aos 48 anos no sábado, seriam maior destaque da entrega dos prêmios Grammy na noite de ontem, em Los Angeles

Em 2009, no programa Good Morning America: afastamento da cantora dos holofotes era grande desde 2009 | Larry Busacca/AFP
Em 2009, no programa Good Morning America: afastamento da cantora dos holofotes era grande desde 2009 (Foto: Larry Busacca/AFP)

A polícia de Los Angeles está tentando determinar se a causa da morte de Whitney Houston, aos 48 anos, foi um afogamento na banheira do hotel Beverly Hilton, na tarde de sábado. A informação, publicada pelo jornal Los An­­geles Times, veio de uma fonte anônima. "Não havia sinais óbvios de intenção criminosa", disse um policial ao LA Times.

A autópsia foi concluída na noite de ontem, mas, segundo po­­liciais, pode levar semanas para que a causa seja determinada, e ainda falta um laudo toxicológico. Até o fechamento desta edição, não havia informações sobre o enterro.

Segundo o TMZ, a cantora po­­de ter dormido na banheira devido ao uso de tranquilizantes Xa­­nax, do qual ela teria prescrição médica para tratar depressão. Se misturado com álcool, o remédio pode causar estado intenso de sedação.

Houston estava hospedada em Los Angeles, onde participaria de uma festa pré-Grammy. A premiação da música, que aconteceria na noite de ontem, teria ho­­menagens à diva na voz de Jen­­nifer Hudson.

Na noite de sábado, enquanto celebridades chegavam para a festa, fãs levavam cartazes e acendiam velas na porta do hotel.

A cantora tem um longo histórico de problemas com álcool e drogas. Em maio do ano passado, sua agente informou que ela estava voltando mais uma vez para um centro de reabilitação.

Alerta

Dois guarda-costas, o estilista e a cabeleireira estavam no quarto e acharam que ela estava demorando demais no banheiro, de acordo com o TMZ. A cabeleireira resolveu entrar, após bater e não obter resposta, e encontrou Houston com o rosto sob a água e as pernas para cima.

Um guarda-costas a teria retirado da água, e o outro ligado pa­­ra a segurança do hotel. A polícia informou que a equipe da cantora também ligou para paramédicos e que alguns bombeiros já es­­tavam no hotel por conta da festa pré-Grammy.

Eles tentaram reanimar a cantora com massagem cardíaca por cerca de 20 minutos. Houston mor­­reu às 15h55 (21h55 em Brasília).

Segundo fontes ouvidas pelo TMZ, meia dúzia de frascos de remédios foi encontrada no quarto, incluindo Xanax, mas ne­­nhu­­ma droga ilegal ou bebidas alcoólicas. Bobbi Kristina Brown, de 18 anos, filha de Hous­­ton com Bob­­by Brown, teve uma crise his­­térica ao saber da morte da mãe e foi levada ao hospital no do­­mingo.

Abalo

Na última quinta-feira, Whitney pareceu completamente transtornada ao sair de um clube no­­turno, em Los Angeles. A cantora tinha se apresentado mais cedo, numa participação relâmpago no show acústico de Kelly Price. Mas ao sair da boate, estava abatida, zangada e com os olhos turvos.

Em 1992, Whitney extrapolou o universo da música e estrelou o filme O Guarda Costas, sucesso mundial com Kevin Costner. A tri­­lha trazia seu maior sucesso, "I Will Always Love You".

Whitney Houston reaparecerá postumamente no cinema no remake de Sparkle, filme de 1976 baseado na história do grupo vo­­cal The Supremes.

"Rainha da dor"Do céu ao abismo, em 48 anos

The New York Times

Whitney Houston morreu como um ícone de tudo de ruim que pode acontecer aos astros após a fama, mas chegou como diva à década de 1990, após estourar como uma vocalista impecável.

Quando seus melhores anos ficaram para trás, ela permaneceu uma celebridade, mas com espinhos – viciada em drogas, presença constante nos tabloides, despreparada para lidar com um nível crescente de intromissões em sua vida. Sua queda atraiu tanta atenção porque era longo o caminho das nuvens ao abismo. No sábado, ela o atingiu.

Whitney foi a grande modernizadora do "Rythm and Blues", lentamente reconciliando o louvor de igreja com os anseios da alma. Sua voz era limpa e forte, com quase nenhuma aresta, adequada para as canções de amor contidas em seus primeiros dois álbums, Whitney Houston e Whitney" como as baladas tempestuosas "You Give Good Love" e "Saving All My Love for You"; as ingênuas e dançantes "I Wanna Dance With Somebody" e "So Emotional". Apenas alguns hits dos anos 1980 exploravam o lado negro do amor, como "Didn’t We Almost Have It All" e "Where Do Broken Hearts Go".

Os escândalos de instabilidade que viriam nas duas décadas seguintes contribuíram para que ela ganhasse um título derradeiro: Whitney Houston, rainha da dor.

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