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O ex-general venezuelano Hugo “El Pollo” Carvajal, que foi chefe da contrainteligência de Hugo Chávez e Maduro, em foto de setembro de 2019
O ex-general venezuelano Hugo “El Pollo” Carvajal, que foi chefe da contrainteligência de Hugo Chávez e Maduro, em foto de setembro de 2019| Foto: EFE/ Víctor Lerena

O ex-chefe de inteligência da Venezuela Hugo "El Pollo" Carvajal, que está preso em Madri a espera de ser extraditado aos EUA, declarou a um juiz espanhol nesta quinta-feira que o regime de Hugo Chávez enviou vinte voos para a Argentina em 2007, com US$ 1 milhão cada, para financiar a campanha eleitoral de Cristina Kirchner, esposa do então presidente Néstor Kirchner e atual vice-presidente argentina.

Esses voos teriam ocorrido antes da apreensão pela alfândega argentina de uma maleta com cerca de US$ 800 mil, que estava com um empresário venezuelano que havia chegado a Buenos Aires em um jato alugado vindo de Caracas, em 2007, no escândalo que ficou conhecido como "maletagate".

"O que não se sabia é que este [caso da mala apreendida em 2007] era o seu voo de número 21, com 20 entregas anteriores de US$ 1 milhão cada e entregues sem problemas, já que pagavam aos agentes aeroportuários argentinos que os deixavam passar sem qualquer inconveniente", confessou Carvajal, segundo um documento judicial publicado pelo jornal espanhol OK Diario.

Nessa mesma declaração, o ex-funcionário chavista afirmou que o dinheiro seria usado para financiar a campanha de Cristina Kirchner, que venceu a eleição presidencial em 2007. Guido Antonini Wilson, o empresário detido com os US$ 800 mil, também declarou anteriormente, à justiça americana, que o montante havia sido enviado por Chávez para financiar a campanha de Kirchner.

O kirchnerismo sempre negou qualquer relação com o dinheiro encontrado com o empresário Guido Antonini Wilson.

Durante a campanha presidencial de 2019 na Argentina, Alberto Fernández, então candidato pela Frente de Todos em chapa com Cristina Kirchner, afirmou que essa versão nunca foi confirmada pela justiça do país. Segundo ele, o empresário e o dinheiro seguiriam para o Uruguai.

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