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Detido em Varsóvia

Polônia prende arqueólogo do maior museu da Rússia por saque de artefatos históricos na Ucrânia

O Hermitage, o maior museu da Rússia, localizado em São Petersburgo (Foto: ANATOLY MALTSEV/EFE/EPA)

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O Ministério Público da Polônia anunciou nesta quinta-feira (11) a prisão de um alto funcionário do Hermitage (o maior museu da Rússia, localizado em São Petersburgo), acusado pela Ucrânia de ter saqueado e destruído artefatos históricos na Crimeia, península ucraniana ocupada ilegalmente pela ditadura de Vladimir Putin desde 2014.

O funcionário foi preso em um hotel em Varsóvia. A Agência de Segurança Interna da Polônia (ABW) relatou que o detido, identificado apenas como Alexander B. pelas autoridades polonesas, estava na cidade em escala durante uma viagem entre Amsterdã e Belgrado e ficará em prisão preventiva por 40 dias.

De acordo com a agência Reuters, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que o russo preso é um arqueólogo chamado Alexander Butyagin e havia sido convidado para ministrar uma série de palestras sobre Pompeia em várias cidades da Europa.

O Ministério Público da Crimeia, hoje localizado na cidade ucraniana de Kherson devido à anexação da península pela Rússia, havia acusado Butyagin de realizar escavações não autorizadas na antiga cidade de Myrmekion, na região de Kerch, o que teria causado danos estimados em mais de US$ 4,7 milhões.

A promotoria ucraniana alegou também que a equipe de Butyagin se apossou de 30 moedas de ouro, das quais 26 tinham o nome de Alexandre, o Grande (cujo reinado foi de 336 a.C. a 323 a.C.), inscrito, e outras quatro cunhadas durante o reinado do irmão dele, Filipe III Arrideu (323 a 317 a.C), para enviá-las ao acervo do Hermitage.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse que a ação da Polônia teve motivação política.

“Esperamos que a Polônia compreenda o absurdo de acusar um respeitado arqueólogo russo de ‘destruir patrimônio cultural’ em território russo e reconheça que tais ações politizadas não podem ter sucesso e não ficarão impunes”, afirmou a pasta.

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