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O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, denunciou neste sábado à União Europeia (UE) as contínuas violações das milícias pró-russas à trégua declarada em 9 de dezembro no leste do país.

Em reunião em Kiev com o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Edgard Rinkevics, cujo país está neste semestre na presidência da UE, Poroshenko destacou que a fronteira russo-ucraniana segue aberta de par em par à entrada de armamento para os insurgentes.

Para ele isto impede o cumprimento dos acordos de Minsk, que contemplam o traçado de uma linha de separação entre os dois lados, a retirada do armamento pesado de uma zona de segurança de 30 quilômetros de comprimento, e o controle da fronteira.

Rinkevics ressaltou que o único meio de reduzir a escalada do conflito no leste da Ucrânia é aplicar os acordos de paz.

"A Letônia sempre adotou e adotará uma postura firme em relação a inviolabilidade das fronteiras e a integridade territorial da Ucrânia, da mesma forma que sobre o não reconhecimento da anexação ilegal da Crimeia", disse.

E destacou a importância de manter a unidade entre Ucrânia e os países-membros da União Europeia com vistas à pronta reunião em nível de ministros das Relações Exteriores.

Dois soldados ucranianos morreram e outros 20 ficaram feridos nas últimas 24 horas em combates com as milícias pró-russas apesar da trégua.

O comando militar ucraniano, que denunciou que durante a noite os rebeldes atacaram 14 vezes suas posições, tinha informado ontem sobre a morte de outros quatro militares.

Já os insurgentes acusaram as forças leais a Kiev de violar o cessar-fogo mais de 40 vezes, incluído ataques contra zonas de Donetsk habitadas por população civil.

A chancelaria ucraniana reconheceu hoje que as consultas por videoconferência mantidas ontem entre representantes de Kiev e das autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk não deram resultado positivo.

Os ministros das Relações Exteriores de Ucrânia, Rússia, Alemanha e França acordaram ontem se reunir na próxima segunda-feira, dia 12, em Berlim para afinar posturas sobre uma possível cúpula em Astana, capital do Cazaquistão, sobre a regulação pacífica do conflito.

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