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Petro Poroshenko fala com jornalistas após votar neste domingo | REUTERS/Gleb Garanich
Petro Poroshenko fala com jornalistas após votar neste domingo| Foto: REUTERS/Gleb Garanich

O oligarca Petro Poroshenko, conhecido como o "Rei do Chocolate", venceu neste domingo (25) as eleições presidenciais na Ucrânia, segundo as primeiras pesquisas de boca de urna divulgadas pelas televisões locais no fechamento dos colégios. A pesquisa de boca de urna, conduzida por um consórcio da Iniciativa Democrática, o Instituto Internacional de Sociologia de Kiev e o Centro Ucraniano de Pesquisa Econômica e Política Razumkov, tem uma margem de erro de 3,5 por cento.

Poroshenko, de 48 anos, obteve 55,9% dos votos, enquanto sua grande rival, a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, teria 12,9%, motivo pelo qual não seria necessário disputar um segundo turnoleições ucranianas, segundo pesquisas de boca de urna.

Se o resultado for confirmado na segunda-feira, isso tornaria desnecessário um segundo turno no próximo mês.

Autoridades do país afirmaram que mais de 40% dos eleitores registrados compareceram às urnas até às 15h do horário local - cinco horas antes de a votação ser encerrada. Mesmo assim, menos de um quarto dos locais de votação foram abertos nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, controladas por separatistas pró-Rússia.

"A participação nas eleições será alta", afirmou o presidente da Comissão Central de Eleição da Ucrânia, Mykhailo Okhendovsky. Segundo ele, o resultado será considerado legítimo independentemente das taxas de participação nas regiões separatistas. Na eleição presidencial anterior, em 2010, 67% dos eleitores foram às urnas.

Um pequeno número de eleitores da Crimeia, região de mais de dois milhões de pessoas anexada pela Rússia em março, esforçou-se para votar neste domingo. Valentina Muschinskaya, diretora de uma escola de língua russa, foi de trem até Kiev com sua irmã para exercer seu direito ao voto. "Somos patriotas ucranianas", afirmou.

A Rússia não enviou representantes para monitorar a eleição e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, afirmou na semana passada que o país iria confiar na avaliação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE, na sigla em inglês).

Já a senadora dos EUA Kelly Ayotte viajou para Kiev como parte de uma missão de monitoramento liderada pelo Instituto Republicano Nacional, baseado em Washington. Ela culpou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, pelos problemas nos locais de votação do leste da Ucrânia.

"Obviamente a situação da segurança em Donetsk e Luhansk está evitando que muitas pessoas votem nessas regiões", afirmou a senadora. "Quero deixar claro que existe uma pessoa culpada por essa situação de segurança e ela é Vladimir Putin, porque ele tem controle estratégico do que está ocorrendo lá."

Eleições

Envolta em sangrentos enfrentamentos civis e em severos problemas econômicos, a Ucrânia vai às urnas neste domingo para eleição de seu 5º presidente desde a queda da União Soviética. Uma parcela significativa do país, porém, não será capaz de votar.

As eleições ocorrem três meses depois que manifestantes pró-Europa derrubaram o presidente Viktor Yanukovych, que tinha o apoio da Rússia. Desde então, confrontos entre manifestantes pró-Rússia e as novas autoridades de Kiev dividiram o país e o deixaram a beira de uma guerra civil.

Para a população ucraniana, o pleito deste domingo representa a retomada da estabilidade para o país.

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