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Mulher exibe foto de Alexei Navalny durante homenagem em Atenas, na Grécia.
Mulher exibe foto de Alexei Navalny durante homenagem em Atenas, na Grécia.| Foto: EFE/EPA/Kostas Tsironis

O líder da oposição russa Alexei Navalny, que morreu em uma prisão no Ártico em 16 de fevereiro, foi submetido a torturas por três dias antes de sua morte, segundo afirmou nesta quarta-feira (28) sua porta-voz, Kira Yarmysh.

Por meio das redes sociais, ela acusou o presidente Vladimir Putin de ser o responsável pelas atrocidades cometidas contra Navalny, chamando-o de “monstro sangrento”.

Navalny, de 47 anos, era o principal crítico de Putin e denunciava a corrupção e as violações dos direitos humanos na Rússia. Ele estava preso e morreu após “passar mal”, segundo autoridades russas. O Kremlin nega qualquer envolvimento na morte de Navalny e alega que ele faleceu de “causas naturais”, no entanto, aliados do opositor russo afirmam que ele foi assassinado pelo governo de Putin, que não via com bons olhos uma possível troca de prisioneiros com a Alemanha.

A troca envolveria justamente a ida de Navalny para o país europeu e o envio de Vadim Krasikov, um agente do serviço de segurança russo (FSB), que está preso na Alemanha, de volta para o país de Putin, segundo informou Maria Pevchikh, uma amiga de Navalny.

Diversos países da União Europeia (UE) e os Estados Unidos condenaram a morte do opositor russo, tendo o presidente americano, Joe Biden, afirmado que Putin era o responsável pelo ato. Os EUA também impuseram novas sanções contra os russos após a morte de Navalny. Já a Organização das Nações Unidas (ONU), pediram naquele momento uma “investigação transparente sobre o caso”.

O funeral de Navalny está previsto para ocorrer nesta sexta-feira, 1º de março, em Moscou, capital da Rússia. Sua mãe, Lyudmila Navalnaya, disse que o governo russo só liberou o corpo de seu filho sob a condição de que ela fizesse um enterro de forma privada, sem a presença do público.

Por sua vez, a porta-voz Yarmysh disse que aliados tiveram dificuldades para encontrar um local que aceitasse realizar a cerimônia em homenagem ao opositor. A polícia russa já prendeu centenas de pessoas que protestaram contra a prisão e a morte de Navalny.

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