
As seis potências mundiais que negociam com o Irã sobre seu programa nuclear pediram ao país persa ontem para deixar inspetores internacionais visitarem uma instalação militar onde a agência nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU) alega que estão sendo realizados trabalhos relevantes para o desenvolvimento de armas nucleares.
Em um comunicado conjunto elaborado na reunião do conselho da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), as potências Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Alemanha também expressaram decepção com o aumento do empenho iraniano em enriquecer urânio. "Pedimos ao Irã para cumprir sua responsabilidade e garantir acesso a Parchin", disse o comunicado, referindo-se ao complexo militar no sudeste do Teerã.
Teerã afirma que seu programa nuclear se restringe à geração de energia para fins civis, e que inspeções em áreas militares seriam uma violação à sua soberania. Diplomatas ocidentais suspeitam que o Irã só irá abrir Parchin aos inspetores depois de eliminar qualquer vestígio de atividades ilegais.
O grupo muitas vezes diverge sobre a abordagem adotada, mas desta vez manifestou, após intensas negociações, apoio à busca por uma solução diplomática para o impasse.
Diplomacia
As discussões sobre o programa nuclear iraniano voltaram à pauta da comunidade internacional nas últimas semanas, quando começou a se especular a respeito de um possível ataque de Israel inimigo declarado do Irã ao país persa. Os israelenses afirmaram que estão dispostos a tomar atitudes bélicas para evitar que o regime dos aiatolás obtenha acesso a armas atômicas.
Na terça-feira, entretanto, Obama, tratou de apaziguar os ânimos. O presidente dos Estados Unidos disse que a diplomacia ainda é a primeira opção para lidar com o Irã.



