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Energia atômica

Potências exigem inspeção no Irã

EUA, Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Alemanha pressionam pela entrada de agentes da agência nuclear da ONU no país

O líder supremo do Irã, aiatolá
Ali Khamenei (centro), elogia declaração de Obama a favor de solução diplomática para impasse nuclear | AFP
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei (centro), elogia declaração de Obama a favor de solução diplomática para impasse nuclear (Foto: AFP)

As seis potências mundiais que negociam com o Irã sobre seu programa nuclear pediram ao país persa ontem para deixar inspetores internacionais visitarem uma instalação militar onde a agência nuclear da Organização das Na­­ções Unidas (ONU) alega que estão sendo realizados trabalhos relevantes para o desenvolvimento de armas nucleares.

Em um comunicado conjunto elaborado na reunião do conselho da Agência Internacional de Ener­­gia Atômica (AIEA), as potências – Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, China, Rússia e Alemanha – também expressaram decepção com o aumento do empenho iraniano em enriquecer urânio. "Pedimos ao Irã para cumprir sua responsabilidade e garantir acesso a Parchin", disse o comunicado, referindo-se ao complexo militar no sudeste do Teerã.

Teerã afirma que seu programa nuclear se restringe à geração de energia para fins civis, e que inspeções em áreas militares se­­riam uma violação à sua soberania. Diplomatas ocidentais suspeitam que o Irã só irá abrir Par­­chin aos inspetores depois de eliminar qualquer vestígio de atividades ilegais.

O grupo muitas vezes diverge sobre a abordagem adotada, mas desta vez manifestou, após intensas negociações, apoio à busca por uma solução diplomática para o impasse.

Diplomacia

As discussões sobre o programa nuclear iraniano voltaram à pauta da comunidade internacional nas últimas semanas, quando co­­meçou a se especular a respeito de um possível ataque de Israel – ini­­migo declarado do Ir㠖 ao país persa. Os israelenses afirmaram que estão dispostos a tomar atitudes bélicas para evitar que o regime dos aiatolás obtenha acesso a ar­­mas atômicas.

Na terça-feira, entretanto, Oba­­ma, tratou de apaziguar os ânimos. O presidente dos Estados Uni­­dos disse que a diplomacia ainda é a primeira opção para lidar com o Irã.

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