
O furacão Isaac já causou um prejuízo de até 1 bilhão de dólares para as instalações de energia offshore e até 1,5 bilhão de perdas asseguradas em terra na Louisiana e nos Estados vizinhos, informou nesta quarta-feira (29) a Eqecat, que monitora os desastres.
Embora as estimativas sejam iniciais e provavelmente devam aumentar, elas sugerem que o Isaac será uma tempestade muito menos prejudicial que o furacão Katrina, de 2005, e outros ciclones mais fortes que atingiram a mesma região. Um cenário mais completo sobre os prejuízos é esperado para o fim de quarta-feira e no começo da quinta, quando o Isaac passar por Nova Orleans.
A Eqecat, cujo software é usado pela indústria dos seguros, informou que as perdas offshore ficaram na faixa que vai de 500 milhões de dólares a 1 bilhão. Essas são as perdas econômicas, que são, via de regra, mais elevadas do que as perdas asseguradas. O número dos seguros deveria ser divulgado mais tarde na quarta-feira.
Em terra firme, onde as estimativas dos seguros já estão disponíveis, as perdas estão na faixa que vai de 500 milhões de dólares a 1,5 bilhão de dólares, informou a empresa. Essa estimativa abrange prejuízos à propriedade, políticas para interrupção de negócios, assim como da produção de energia.
Se a tendência inicial se mantiver, o Isaac não entrará para a lista dos 10 piores furacões em termos de prejuízos, ajustados pela inflação. O furacão Irene, do ano passado, que está em décimo lugar da lista, causou perdas de cerca de 4,3 bilhões de dólares.
A empresa AIR Worldwide deve divulgar uma estimativa própria sobre as perdas daqui a um dia. As duas empresas costumam diferir em suas estimativas. Ao longo da Costa do Golfo, entre as seguradoras mais expostas estão: State Farm, Allstate Corp e Southern Farm Bureau, na área residencial; e Travelers, Zurich e CNA no setor comercial.
As resseguradoras europeias, que sofrerão em parte as maiores perdas em um grande desastre natural, reagiam calmamente ao Isaac até agora. As empresas de resseguro Munich Re e Hannover Re disseram que era muito cedo para estimar as possíveis perdas.



