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Durante despedida de Bush, Olmert reconheceu o fracasso dele e do presidente norte-americano de criarem um Estado palestino | Tim Sloan / AFP Photo
Durante despedida de Bush, Olmert reconheceu o fracasso dele e do presidente norte-americano de criarem um Estado palestino| Foto: Tim Sloan / AFP Photo

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, disse antes das conversas na Casa Branca nesta segunda-feira (24) que um acordo pela criação de um Estado palestino deve ser a meta principal do governo de Barack Obama após o fracasso dele e do atual presidente norte-americano, George W. Bush.

Um membro da delegação israelense disse que Olmert, em visita a Washington para se despedir de Bush, emitiu a mensagem em um encontro com a secretária de Estado dos Estados Unidos, Condoleezza Rice.

"O primeiro-ministro salientou a importância que tem a continuação do processo de Annapolis pelos próximos governos dos Estados Unidos e de Israel", afirmou a autoridade.

Olmert, que deixará o cargo após as eleições parlamentares de 10 de fevereiro e a formação de um novo governo, tinha um encontro agendado com Bush às 20h (horário de Brasília). Membros da delegação israelense disseram que o diálogo teria foco no processo de paz e nas ambições nucleares do Irã.

Estados Unidos, Israel e os palestinos reconhecem que não chegarão a um acordo de paz antes da saída de Bush, em janeiro. Isso frustra a meta definida na conferência de paz da Annapolis, no ano passado.

Barack Obama, que visitou em julho Israel e a Cisjordânia ocupada, prometeu na época - em uma aparente crítica aos esforços derradeiros de Bush pela paz - que se fosse eleito não "esperaria alguns anos, ou a chegada de meu segundo mandato", para pressionar por um acordo.

Ainda que Olmert tenha prometido buscar a paz até seu último dia no cargo -compromisso que, segundo seu porta-voz, foi reiterado à Rice -, o interesse público de Israel nas políticas de um premiê em fim de mandato está diminuindo à medida que a campanha eleitoral ganha fôlego.

Pesquisas de opinião mostram que o partido de direita Likud, do ex-premiê Benjamin Netanyahu, lidera a preferência dos eleitores, à frente do centrista Kadima.

Netanyahu disse que focaria o processo de paz no apoio à economia palestina, em vez de atender a pleitos territoriais. A decisão poderia supor o fim do processo de Annapolis.

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