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A França está "em guerra" contra a Al-Qaeda e vai aumentar seus esforços na luta contra a ramificação do grupo terrorista no norte da África depois da execução de um refém francês no Saara, afirmou hoje o primeiro-ministro Francois Fillon.

"Estamos em guerra contra a Al-Qaeda", disse ele, à rádio Europe-1. Fillon afirmou que os militantes da organização podem ter matado Michel Germaneau antes e não depois da fracassada tentativa de resgatá-lo.

A Al-Qaeda no Magreb Islâmico anunciou, em mensagem de áudio divulgada no domingo, que matou Germaneau, de 78 anos, em retaliação a um ataque realizado na semana passada por forças da França e da Mauritânia, que deixou ao menos seis militantes do grupo mortos. Ontem, o presidente Nicolas Sarkozy confirmou o assassinato do refém e prometeu que os autores do crime "não permanecerão impunes".

O primeiro-ministro informou que a França vai reforçar seu trabalho com governos do noroeste da África no combate à Al-Qaeda na faixa de deserto pouco povoada, que inclui as fronteiras de Mauritânia, Mali, Argélia e Níger.

Já o ministro de Relações Exteriores, Bernard Kouchner, disse que a região do Sahel em questão "não será deixada para bandos de terroristas e traficantes de armas e drogas". "O combate pode ser longo, mas vamos mantê-lo", afirmou ele, na Mauritânia, após uma reunião com o presidente do país, Mohamed Ould Abdel Aziz. Sarkozy enviou o ministro à região nesta semana para discutir, entre outros assuntos, a segurança de cidadãos franceses.

Fillon afirmou que não está claro quando Germaneau foi assassinado. Ele contou que as autoridades francesas consideram a possibilidade de o refém "já estar morto" quando o grupo emitiu um ultimato no dia 12 de julho. Fillon disse que a revelação é apenas uma "suposição" baseada na "característica anormal e estranha do ultimato e da recusa (do grupo) em entrar em discussão com as autoridades francesas".

Perguntado sobre se a França vai tentar encontrar os restos mortais de Germaneau, Fillon afirmou que apenas quando o refém britânico Edwin Dyer foi decapitado na região no ano passado "seus restos nunca foram encontrados".

A Al-Qaeda no Magreb Islâmico se transformou movimento de insurgência islâmica na Argélia, posteriormente se unindo à Al-Qaeda em 2006 e se espalhando pela região do Sahel.Com os crescentes temores sobre o terrorismo e o tráfico no noroeste da África, Argélia, Mauritânia, Mali e Níger abriram um quartel-general conjunto no deserto em abril para responder, de forma unida, às ameaças de traficantes e da ramificação da Al-Qaeda.

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