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O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, entregou neste domingo a sua renúncia ao presidente do país, Shimon Peres. Contudo, o premiê, atingido por escândalos, pode ficar no gabinete ainda por semanas ou meses, até o novo governo ser formado.

"O primeiro-ministro Ehud Olmert submeteu a sua renúncia a mim nesta noite", disse Peres à imprensa na sua casa em Jerusalém.

Olmert, acusado de corrupção, havia dito mais cedo que estava deixando o cargo para assegurar a governabilidade do país e que a história julgaria a sua administração.

O presidente Peres declarou que ele teria conversas com os 13 grupos políticos do Parlamento israelense, antes de pedir a formação de um novo governo.

Na quarta-feira, Olmert foi substituído pela ministra do Exterior, Tzipi Livni, na liderança do Kadima, o partido dos dois, numa eleição interna. O resultado aumenta as chances de ela se tornar a primeira mulher no comando de Israel desde Golda Meir, que governou nos anos 1970.

Mark Regev, porta-voz de Olmert, afirmou que o premiê demissionário permaneceria no cargo de forma interina até o juramento do seu substituto. "Não pode haver um vácuo de poder", afirmou Regev.

Olmert encontrou-se com Livni e prometeu-lhe todo o apoio.

Se a ministra Livni receber a indicação de Peres para tentar formar um novo governo, ela terá 42 dias para montar uma coalizão. Se não conseguir, haverá eleições parlamentares.

Livni é responsável pelas negociações de paz entre Israel e os palestinos. As incertezas políticas israelenses tornam ainda mais difícil o acordo que os Estados Unidos esperavam patrocinar neste ano.

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