• Carregando...

O premiê israelense, Binyamin Netanyahu, deu ordem nesta quarta-feira (9) para que seus ministérios interrompam a cooperação com entidades palestinas, especialmente aquelas que envolvam a reunião entre os ministros de ambas as partes.

A sanção é uma das ações de represália do governo israelense à Autoridade Nacional Palestina desde que o presidente Mahmoud Abbas decidiu, unilateralmente, pela adesão a 15 convenções internacionais.

Em reação ao anúncio da interrupção do diálogo ministerial, um porta-voz palestino afirmou que Israel está "minando todos os esforços internacionais para encontrar uma solução construtiva aos desafios no processo de paz".

As negociações de paz entre israelenses e palestinos têm desmoronado rapidamente nas últimas semanas, na sequência de sucessivas crises. O diálogo tem por prazo o fim deste mês e, a julgar pelos atritos entre ambos os líderes, há a chance de que o limite não seja estendido.

De acordo com um membro do governo israelense ouvido pelo jornal local "Haaretz", em anonimato, a ordem de Netanyahu só permite que haja agora cooperação entre o baixo escalão de seu gabinete com a Autoridade Nacional Palestina.

Oposição

Isaac Herzog, líder da oposição israelense, afirmou que a decisão do primeiro-ministro contribui para a crise. "Não está claro que vantagem virá dessa ação supérflua de cortar as relações com a Autoridade Palestina", afirmou. "Na verdade, está bem claro qual dano virá", disse.

Entre as razões para os recentes desentendimentos entre Israel e a Autoridade Palestina está a continuidade das construções em assentamentos na Cisjordânia, condenada pela comunidade internacional, e a decisão israelense de não libertar a última leva de prisioneiros palestinos, conforme havia sido negociado no ano passado no início das negociações.

Para John Kerry, secretário de Estado americano visto como um dos responsáveis pela retomada do diálogo entre Israel e palestinos, a decisão palestina de pedir o ingresso em convenções internacionais é uma resposta às ações israelenses. Ele credita a maior responsabilidade da crise ao gabinete de Netanyahu.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]