O primeiro-ministro romeno, Victor Ponta, exigiu que o presidente Traian Basescu renuncie nesta segunda-feira, afirmando que o presidente perdeu toda sua credibilidade.
Basescu, no entanto, recusa-se a sair, indicando que o referendo de domingo não encerrou a briga que atrasa reformas econômicas vitais para o país.
"Ele (Basescu) provavelmente continuará em Cotroceni (palácio presidencial), terá carros, casas e alguns beneficiários ao seu redor que continuarão a aconselhá-lo e elogiá-lo", disse Ponta. "Mas para o povo romeno, ele deixou de ser líder na noite passada."
O presidente romeno sobreviveu a um referendo sobre seu impeachment, no domingo, após o comparecimento dos eleitores ter ficado aquém do nível exigido e desviou os esforços de seus adversários para derrubá-lo do cargo.
As tentativas do primeiro-ministro, da União Social Liberal (USL), de destituir o conservador Basescu trouxeram uma repreensão da Comissão Europeia, que o acusou de minar o Estado de Direito e de intimidar juízes.
O departamento eleitoral disse que o comparecimento nas urnas foi de 46 por cento, abaixo do limiar de 50 por cento necessários para tornar o referendo válido.
Sondagens mostraram que mais de 80 por cento dos que foram às urnas votaram para remover o presidente.
"A chama da democracia manteve-se acesa. Os romenos rejeitaram o golpe de Estado", disse Basescu.
Ponta realizou o referendo para buscar apoio popular para o impeachment contra Basescu. O presidente é impopular por apoiar a austeridade e por suspeitas de nepotismo.



