
Um tribunal de Mianmar sentenciou nesta terça-feira a líder oposicionista Aung San Suu Kyi a 18 meses de detenção, um veredicto que provocou ampla reação negativa no exterior e manterá a ganhadora do prêmio Nobel da Paz afastada do cenário político durante as eleições de 2010.
O tribunal a condenou a três anos de prisão por violação da lei de segurança interna, mas a sentença foi imediatamente reduzida à metade por ordem do regime militar, que permitiu à Suu Kyi cumprir a pena em sua casa, em Yangon.
A leitura do veredicto provocou murmúrios de pesar no plenário. Momentos depois, o ministro do Interior, general Muang Oo, compareceu perante o juiz para anunciar a redução da pena.
Ele disse que a junta militar levou em conta o fato de que ela é filha de Aung San, heroi da independência da antiga Birmânia, e que é preciso "preservar a paz e a tranquilidade comunitárias e impedir quaisquer distúrbios no 'mapa para a democracia.'"
O termo 'mapa da democracia' se refere a um plano apresentado pela junta para supostamente democratizar o país, culminando com eleições multipartidárias em 2010.
A União Europeia disse em nota que irá tomar novas medidas "contra os responsáveis pelo veredicto."
Suu Kyi passou 14 dos últimos 20 anos sob algum tipo de detenção.



