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Presidente da França, Francois Hollande, posa para a tradicional foto dos membros do novo governo em frente ao Palácio do Eliseu, em Paris. | Pascal Rossignol/Reuters
Presidente da França, Francois Hollande, posa para a tradicional foto dos membros do novo governo em frente ao Palácio do Eliseu, em Paris.| Foto: Pascal Rossignol/Reuters

O novo presidente da França, François Hollande, iniciou nesta quinta-feira (17) sua caminhada no Palácio do Eliseu com a posse dos ministros e a primeira reunião de governo, na qual foi adotada uma diminuição de 30% dos salários de todo Executivo.

Os 17 homens e 17 mulheres do primeiro escalão do governo terão um salário bruto mensal de 9.940 euros, enquanto Hollande e o primeiro-ministro, Jean-Marc Ayrault, ganharão 14.910 euros por mês.

A foto de toda a equipe, que encerrou a reunião ministerial, marca o princípio de uma etapa de austeridade econômica no país.

Na primeira reunião do novo governo francês também ficou acertado que as verbas dos ministérios serão diminuídas em 10%, assim como o número de funcionários da pasta.

E como prova da "exemplaridade" e "transparência" que Hollande quer usar como pilares de seu governo, foi assinado um código de conduta dos políticos que evita conflitos de interesses e obriga os ministros a renunciarem aos cargos executivos que ocupavam antes de tomarem posse.

Além disso, o código de conduta diz que os membros do gabinete devem rejeitar convites privados e presentes de valores superior a 150 euros e escolher o trem como meio de transporte prioritário para deslocamentos inferiores a três horas.

Essas medidas foram adotadas para tentar fazer com que essa seja uma presidência "normal" e diferente do mandato do ex-presidente, Nicolas Sarkozy.

O novo governo começa com a necessidade de ajustar as contas públicas numa economia estagnada no primeiro trimestre, mas também com uma agenda sem descanso em nível internacional.

"O essencial é nós trabalharmos muito depressa a serviço dos franceses para conseguir levar o país para o caminho da justiça", disse quarta-feira Ayrault.

O porta-voz do governo, Najat Vallaud-Belkacem, explicou que a ideia é reformar o país para "acabar com os privilégios e melhorar a vida dos franceses".

Três políticos serão os protagonistas destas mudanças: os ministros da Economia, Pierre Moscovic; das Relações Exteriores, Laurent Fabius; e do Interior, Manuel Valls.

"A prioridade é fazer avançar os temas mais urgentes e solucionar a crise", disse hoje Fabius, que se disse "profundamente europeu" mas a favor de um continente diferente, que priorize a criação de emprego.

Moscovici, que assumiu o cargo das mãos de seu antecessor, François Baroin, afirmou que a crise grega e a "reorientação da construção europeia" serão seus temas prioritários. O ministro disse ainda que trabalhará "com todos os parceiros" do país, com a Alemanha e as instituições europeias.

Manuel Valls, nascido em Barcelona há 49 anos e naturalizado francês, em seu primeiro discurso lembrou que não nasceu no país e prometeu que o governo não estigmatizará a população nem fará distinções de categorias, bairros e origens.

Segundo os ministros presentes na reunião, o encontro foi emocionante e solene, e nele Hollande se comprometeu a aplicar as promessas de campanha "sem perder tempo".

Prova disto, é que nesta sexta-feira Hollande viajará para os Estados Unidos, onde se encontrará com o presidente do país, Barack Obama, e depois participará das cúpulas do G8 e da Otan, onde formalizará a saída das tropas francesas do Afeganistão.

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