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O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou neste domingo (16) a suspensão das negociações de paz com as Farc depois do sequestro de um general do Exército no oeste do país, atribuído pelo governo a esta guerrilha comunista.

"Foi suspensa a negociação com as Farc até que sejam esclarecidos os fatos do sequestro do general Álzate", destacou em sua conta no Twitter o ministério de Defesa da Colômbia, ao fim de reunião da cúpula militar com o presidente.

O governo de Santos e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) leva adiante há anos em Havana diálogos de paz para pôr fim a um conflito armado de mais de 50 anos, sem que se tenha decretado um cessar fogo na Colômbia.

O anúncio do presidente foi feito ao fim de uma reunião com a cúpula militar, convocada de urgência depois do sequestro no domingo do general brigadeiro Rubén Alzate, comandante da Força de Tarefa Titán do Exército, em uma zona rural do departamento de Chocó.

Segundo as autoridades, junto com ele foram retidos o cabo Jorge Rodríguez Contreras e a advogada Gloria Urrego, coordenador de Projetos Especiais dessa Força Tarefa, durante um deslocamenteo civil para a supervisão de um projeto energético.

"É um sequestro totalmente inaceitável. Já temos informação que nos dá certeza de que foram as Farc", disse Santos em entrevista coletiva ao fim da reunião no Ministério da Defesa.

O dirigente responsabilizou as Farc pela vida e segurança dos três sequestrados e exigiu sua libertação o quanto antes. "Amanhã viajariam os negociadores de paz para uma nova rodada de negociações em Havana. Vou dizer aos negociadores para não viajar e que se suspenda esta negociação até que se esclareça e se libertem estas pessoas", disse Santos.

As Farc, principal guerrilha do país e a mais antiga da América Latina, conta oficialmente com cerca de 8 mil combatentes, essencialmente nas zonas rurais.

Desde o início de 2012, este grupo rebelde se comprometeu a não praticar mais o sequestro de civis, mas se reserva ao direito de capturar policiais ou militares, considerados prisioneiros de guerra.

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