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Crise

Presidente da OEA irá a Honduras; Congresso pedirá opinião à Suprema Corte

Partidários de Zelaya pedem que seja estabelecido prazo para que Congresso decida futuro político do país

Partidários de Zelaya querem prazo para que Congresso decida sobre retorno do presidente deposto ao poder | Reuters
Partidários de Zelaya querem prazo para que Congresso decida sobre retorno do presidente deposto ao poder (Foto: Reuters)
Partidários de Manuel Zelaya fizeram manifestação em frente ao Congresso, onde será decidido o futuro político do país |

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Partidários de Manuel Zelaya fizeram manifestação em frente ao Congresso, onde será decidido o futuro político do país

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, informou nesta terça-feira que pretende viajar nesta semana para Honduras. Insulza quer falar com lideranças do país sobre o acordo político para restabelecer a normalidade democrática nacional. Enquanto isso, líderes do Congresso Nacional de Honduras se reuniram nesta terça-feira para discutir um acordo sobre a restituição do presidente deposto José Manuel Zelaya ao poder. Os líderes decidiram, segundo informações dos jornais hondurenhos El Heraldo e La Tribuna, pedir à Suprema Corte de Honduras uma opinião sobre a restituição ou não de Zelaya ao cargo.

Os partidários de Zelaya na liderança do Congresso, também segundo o El Heraldo, pediram que seja estabelecido um prazo para que o Congresso aborde o tema da restituição.

Na semana passada, num acordo mediado pelos Estados Unidos, representantes de Zelaya e do governo que assumiu depois do golpe militar que o derrubou em 28 de junho aceitaram que a decisão sobre o retorno do presidente deposto ao poder ficaria nas mãos do Poder Legislativo.

"Espero nesta semana chegar a Tegucigalpa em algum momento", afirmou Insulza no Equador, em entrevista à Rádio Cooperativa. Ele disse que também viajarão a Honduras o ex-presidente chileno Ricardo Lagos e a secretária do Trabalho dos EUA, Hilda Solís. Além deles, irá o secretário de Assuntos Políticos da OEA, o boliviano Víctor Rico. Lagos estava nesta terça-feira em Miami, de onde seguiria para a capital hondurenha.

O secretário-geral da OEA estava no Equador para uma reunião de ministros da Defesa desse país e da Colômbia. Na quarta-feira, segue para Santo Domingo, para uma reunião de ministros sobre Segurança Pública.

Insulza disse esperar que nesta semana assuma em Honduras o governo de unidade nacional encabeçado pelo presidente deposto Manuel Zelaya e que o Congresso ratifique a decisão. Pelo acordo firmado entre os grupos rivais na semana passada, estará nas mãos do Congresso a decisão sobre o retorno ou não de Zelaya.

O secretário-geral disse que a OEA realizará no dia 16 uma assembleia em Tegucigalpa, durante a qual serão retiradas as sanções ao país, impostas desde o golpe militar de 28 de junho. Zelaya foi expulso de Honduras, mas voltou em segredo e desde 21 de setembro está abrigado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa.

Desde o golpe, o país é liderado pelo governo de facto de Roberto Micheletti. "Nossa preocupação principal hoje é superar a crise institucional que vive Honduras para então nos preocuparmos com os temas de fundo, como a situação de pobreza nesse país", disse Insulza.

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