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Presidente do Chile envia ao Congresso pacote de medidas para reconstrução do país

Propostas visam garantir os 20 bilhões de dólares necessários para reconstruir as áreas afetadas pelo terremoto

Dois meses depois do pior terremoto que atingiu o Chile nos últimos 50 anos, o presidente chileno, Sebastián Piñera, enviou nesta quarta-feira (5) um pacote de medidas emergenciais para o Congresso Nacional. O objetivo é aprovar as propostas que garantam os US$ 20 bilhões necessários para a reconstrução do país. Com o terremoto, mais de 500 pessoas morreram e cerca de 2 milhões ficaram desabrigadas. O saldo também inclui a destruição de prédios públicos e privados.

O pacote foi lançado no dia em que temporais atingem as regiões Centro e Sul do Chile, justamente as que foram mais afetadas pelos tremores de terra e tsunamis. Paralelamente, foi registrado hoje mais um terremoto de 6,1 graus de magnitude na escala Richter nesta mesma área. De acordo com o Escritório de Emergência do governo federal, cuja sigla em espanhol é Onemi, não houve danos nem vítimas.

As medidas, elaboradas por Piñera e sua equipe, incluem incentivos para as micro, pequenas e médias empresas por meio da redução de tributos. Também foi criado um benefício para ajudar as pessoas que querem reconstruir suas casas, além da diminuição dos juros sobre hipotecas e financiamentos de imóveis. Em um país com elevado número de fumantes, o governo resolveu aumentar o imposto sobre o tabaco.

O pacote engloba vários projetos de lei que têm ligação direta com a maior parte dos setores do governo. Há medidas destinadas também para a compra de equipamentos militares para as Forças Armadas, assim como a reconstrução da infraestrutura de prédios do Exército, Marinha e Aeronáutica.

Segundo Piñera, o rigor na elaboração das medidas foi fundamental. "É um pacote abrangente que sugere que o Chile pode enfrentar este desafio com a unidade", disse o presidente, segundo o site oficial da Presidência da República do Chile. Ele acrescentou que o governo também está pedindo "um esforço adicional de cooperação das empresas e dos mais desfavorecidos para melhor ajudar a classe média e os pobres, além das micro, pequenas e médias empresas e as vítimas do terremoto e do tsunami."

Piñera esteve em março em Brasília. Ele se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para agradecer o apoio do governo do Brasil ao enviar um hospital de campanha, material de primeiros socorros e equipamentos para a construção de pontes. Lula foi o primeiro presidente estrangeiro a desembarcar no Chile, depois do terremoto. Na ocasião, ainda estava no poder a ex-presidente Michelle Bachelet.

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