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“recomendação”

Presidente do Conselho Europeu pede para que refugiados desistam de ir à Europa

Situação no campo de refugiados  em Idomeni  é calamitosa | LOUISA GOULIAMAKI/AFP
Situação no campo de refugiados em Idomeni é calamitosa (Foto: LOUISA GOULIAMAKI/AFP)

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, pediu nesta quinta-feira (3) para que imigrantes e refugiados parem de ir para a Europa, uma vez que nem a Grécia nem qualquer outro país europeu têm mais condição de servir como países de trânsito.

“Quero lançar um apelo a todos os imigrantes econômicos ilegais potenciais, de onde forem. Não venham à Europa. Não acreditem nos traficantes. Não coloquem em risco suas vidas e seu dinheiro. Tudo isso não servirá de nada”, disse Tusk durante uma coletiva de imprensa depois de se reunir com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras. “A Grécia ou qualquer outro país europeu deixará de ser um país de trânsito”, disse Tusk.

A Grécia tem enfrentado grandes desafios diante da chegada de 30 mil imigrantes que estão presos no país, marcando uma nova etapa na crise humanitária inundando a Europa. Na cidade de Idomeni, na fronteira com a Macedônia, mais de 10 mil pessoas estão presas em um acampamento construído para 1.500 pessoas.

Tsipras disse que seu país iria continuar a ajudar os imigrantes, mas não a qualquer custo. “A Grécia não vai deixar ninguém desamparado”, disse ele, afirmando que iria “criar centros de hospitalidade temporária”, mas que o país não vai se tornar “um armazém de almas”.

“A União Europeia não vai deixar a Grécia enfrentar o afluxo de imigrantes sozinha”, disse Tusk.

Regras da chamada área Schengen - em que cidadãos dos 26 países do bloco podem viajar sem passaporte da Europa - será totalmente restaurada, com a entrada negada aos imigrantes que não entrarem com pedido de asilo no primeiro país que eles colorem os pés da União Europeia, disse Tusk.

“Temos que evitar a ilusão de que, em vez de o pleno respeito pelas regras de Schengen, pode haver outra solução europeia, fácil e conveniente”, disse ele. Tusk reconheceu que o restabelecimento de Schengen não deve, por si só, ser uma solução para a crise imigratória. “Estou plenamente consciente disso. Mas sem ela, não temos chance de resolvê-la”. Fonte: Dow Jones Newswires.

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