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guerra civil

Presidente do Iêmen foge após ter casa bombardeada

Milícia xiita, que domina o norte do país, atacou esconderijo de Abdo Hadi, no sul do país. Ministro da Defesa do país foi capturado

Rebeldes houthis ofereceram recompensa de US$ 93 mil pela captura do presidente Abdo Hadi. | STR/EFE
Rebeldes houthis ofereceram recompensa de US$ 93 mil pela captura do presidente Abdo Hadi. (Foto: STR/EFE)

Rebeldes da milícia xiita houthi avançaram ontem por terra rumo ao sul do Iêmen e atacaram com aviões a casa do presidente Abdo Rabbo Mansur Hadi, que estava na cidade de Áden desde quando o grupo rebelde tomou conta da maior parte do país, em fevereiro. Hadi fugiu e seu paradeiro é desconhecido, segundo o Ministério da Defesa do movimento xiita dos houthis.

Em comunicado, o órgão de Defesa dos xiitas ofereceu uma recompensa no valor de US$ 93 mil a quem o capturar. Os houthis assumiram o controle de Al Huta, capital da província de Lahech, a 50 quilômetros de Áden, e a estratégica base militar de Al Anad, em Lahech, onde estava grande parte das forças tribais que defendem Hadi. Depois de isolar em Áden, em 21 de fevereiro, Áden, Hadi retirou sua renúncia e anunciou que continuava sendo o presidente legítimo do país, em oposição ao que tinha sido determinado pelos houthis.

Em carta à rede de TV árabe Al Jazeera, Hadi pediu à Organização das Nações Unidas (ONU) uma intervenção militar para conter a ofensiva dos houthis.

Ontem os houthis capturaram o ministro da Defesa do Iêmen, Mahmoud al Sobeihi, em Al Huta. Em comunicado, os xiitas afirmaram que Al Sobeihi foi preso junto a outros altos comandantes das tropas leais a Hadi.

Lahech e Áden fazem parte do que foi o Iêmen do Sul (unido ao Iêmen do Norte em 1990) e apoiam o presidente deposto, nascido na região, contra o movimento xiita, que tem como base o norte do país.

Na terça-feira, Hadi pediu ao Conselho de Segurança da ONU a emissão de uma resolução com base na sétima cláusula do pacto das Nações Unidas, que autoriza intervenções militares. O presidente pediu uma intervenção militar aos países do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) e a outros Estados árabes.

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