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Peru
A presidente do Peru, Dina Boluarte, durante reunião do Conselho de Estado do país.| Foto: EFE/Presidencia del Perú/Luis Iparraguirre

A presidente do Peru, Dina Boluarte, exigiu neste sábado (17) que o Congresso aprove a proposta do governo de antecipar as eleições gerais no país e enfatizou que não vai renunciar em meio aos protestos e confrontos entre manifestantes de forças de segurança que têm saldo de ao menos 22 mortos e centenas de feridos.

"Exijo que a votação para antecipar as eleições seja reconsiderada. Não venham com pretextos inúteis, fingindo ficar até 2026", disse Boluarte em referência a uma votação plenária na sexta-feira (16) que rejeitou uma proposta de antecipação das eleições para dezembro de 2023.

A presidente peruana também negou a possibilidade de renunciar ao cargo e disse que permanecerá "firme" até que o Congresso resolva antecipar o pleito, apesar de uma das exigências dos protestos ser a saída dela do poder.

"O que será resolvido pela minha renúncia? O problema será resolvido? Não, o problema não será resolvido. Aqui vamos nos manter firmes até que o Congresso decida antecipar as eleições", enfatizou. Ela pediu aos congressistas "que não se abstenham de votar, que não se escondam atrás de uma abstenção" quando se pronunciarem sobre a proposta de antecipar as eleições. "Ou é preto ou branco, meias medidas não resolvem os problemas do país", afirmou.

Boluarte também disse que, "por iniciativa própria", o governo enviou ao Congresso um projeto de lei para antecipar as eleições em meio à grave crise política e social que está abalando o país, com manifestações pedindo a renúncia dela, o fechamento do próprio parlamento e eleições antecipadas. "Ninguém quer permanecer no poder. Nós apresentamos o projeto de lei para antecipar as eleições, e é o Congresso que tem que votar para antecipar as eleições", frisou.

O Congresso peruano rejeitou na sexta-feira o projeto de lei para antecipar as eleições gerais para dezembro de 2023. O placar final foi de 49 votos a favor, 33 contra e 25 abstenções.

Como uma reforma constitucional, a lei exigia 87 votos para que fosse submetida a uma segunda votação na próxima legislatura ou 66 para ser decidida em um referendo.

Após o anúncio da votação, parlamentares de esquerda protestaram no Congresso para exigir a inclusão de um referendo sobre uma possível convocação de uma assembleia constituinte no país, como haviam proposto em uma opinião minoritária que ainda não foi decidida se será votada em plenário.

O presidente do Congresso, José Williams, suspendeu a sessão sem informar quando ela será retomada, mas posteriormente foi divulgado que será na segunda-feira.

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