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Manifestantes invadiram a residência oficial do presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, durante os protestos contra o governo em Colombo neste sábado
Manifestantes invadiram a residência oficial do presidente do Sri Lanka, Gotabaya Rajapaksa, durante os protestos contra o governo em Colombo neste sábado| Foto: EFE/Chamila Karunarathne

O presidente do Parlamento do Sri Lanka, Mahinda Yapa Abeywardena, disse neste sábado (9) que o presidente do país, Gotabaya Rajapaksa, o informou que vai renunciar ao cargo na próxima quarta-feira (13).

O Sri Lanka viveu um dia de protestos em massa que exigiam a renúncia do governo pela forma como lidou com a crise econômica. O primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, também informou neste sábado que vai renunciar.

O gabinete de Wickremesinghe informou mais cedo que os manifestantes incendiaram a sua residência privada durante os protestos. O jornal Sri Lankan Daily Mirror mostrou fotografias de centenas de pessoas reunidas ao redor da residência privada do premiê em Colombo (maior cidade do país), em um ambiente cheio de fumaça, com a casa em chamas ao fundo.

O incidente ocorreu horas depois de milhares de manifestantes terem invadido as residências oficiais de Rajapaksa e do primeiro-ministro.

Um grande número de pessoas se reuniu em Colombo no sábado, muitas de outras partes da ilha, para marcar o terceiro mês de protestos exigindo a saída de Rajapaksa.

No contexto das manifestações, Wickremesinghe anunciou que vai renunciar ao cargo de primeiro-ministro apenas dois meses após a posse.

“Para assegurar a continuidade do governo, incluindo a segurança de todos os cidadãos, aceito a recomendação hoje feita pelos líderes dos partidos no sentido de dar lugar a um governo de unidade. Para facilitar isto, renuncio ao cargo de primeiro-ministro”, anunciou no Twitter.

O país está imerso em uma das piores crises econômicas desde a independência, em 1948, devido à diminuição das reservas cambiais e ao pesado endividamento.

A tensão e o descontentamento cresceram em março, quando as autoridades impuseram cortes de energia de mais de 13 horas, levando as pessoas a saírem às ruas para exigir a saída do governo. Desde então, centenas de manifestantes têm protestado em Colombo e todo o país.

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