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A presidente do Peru, Dina Boluarte, e o novo primeiro-ministro, Pedro Miguel Ángulo, durante cerimônia de posse em Lima.
A presidente do Peru, Dina Boluarte, e o novo primeiro-ministro, Pedro Miguel Ángulo, durante cerimônia de posse em Lima.| Foto: Paolo Aguilar/EFE

A nova presidente do Peru, Dina Boluarte, nomeou neste sábado seu gabinete ministerial, três dias após assumir o cargo em decorrência da destituição de Pedro Castillo, que foi preso e acusado de encenar um autogolpe. O ex-procurador Pedro Miguel Angulo Arana foi escolhido por ela como primeiro-ministro de um governo com grande presença feminina. Em uma cerimônia protocolar no Palácio do Governo, Boluarte empossou Angulo Arana e o exortou a agir contra a corrupção.

Após fazer o juramento de posse, a nova presidente passou a nomear os chefes dos 17 ministérios, dos quais oito são ocupados por mulheres. Boluarte não nomeou ministros para as pastas de Transportes – uma das pastas mais criticadas pela corrupção no governo Castillo – e Trabalho. Nenhum dos ministros que fizeram parte do gabinete de Castillo está entre os nomeados, apesar de todos terem anunciado renúncia poucos minutos depois que ele anunciou na quarta-feira que iria dissolver o Congresso, governar por decreto em regime de exceção, convocar uma assembleia constituinte e reorganizar o sistema de Justiça. Muitos deles, como a própria Boluarte, denunciaram a medida de Castillo como um golpe de Estado, e alguns, como o então ministro das Relações Exteriores, César Landa, pediram ajuda internacional para impedi-lo.

Alex Alonso Contreras Miranda foi o escolhido por Boluarte para comandar o ministério da Economia, pasta da qual até agora era vice-ministro. A nova ministra das Relações Exteriores é Ana Cecilia Gervasi, que também foi vice-ministra dessa pasta no governo anterior. Cesar Augusto Cervantes, general aposentado da Polícia Nacional, é o novo ministro do Interior; e o advogado José Andrés Tello foi nomeado para Justiça e Direitos Humanos.

O gabinete foi formado majoritariamente por pessoas com um amplo perfil técnico e sem vínculos conhecidos com os partidos com representação parlamentar. Após a posse, Boluarte reuniu-se com bancadas parlamentares com o objetivo de construir pontes com o Congresso, que é muito fragmentado e com o qual Castillo teve fortes confrontos durante seus 17 meses no poder.

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