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O presidente do Equador, Rafael Correa, ameaçou neste sábado (4) nacionalizar e expulsar do país as companhias petrolíferas privadas, incluindo a Petrobras, caso elas não aumentem a produção nas áreas concessionadas na região amazônica.

A advertência do presidente foi feita logo após ele ter obtido o amplo apoio dos equatorianos para implementar uma nova Constituição, que aumenta o controle estatal na economia, reforça seus poderes e autoriza a reeleição imediata.

O presidente já havia tocado no assunto após o referendo. na ocasião, ele descartou as nacionalizações.

"Não brinquem com fogo. Ou aumentam a produção ou vão ter que deixar o país. Invistam, aumentem a produção ou vão embora", disse Correa em seu programa de rádio semanal, ao se referir às principais petrolíferas que operam no território andino.

Correa ameaçou também a Petrobras com a estatização das jazidas da empresa por conta da demora da companhia em transferir para o controle estatal o bloco 31, localizado nas imediações do Parque Nacional Yasuní, um dos mais importantes do país, e que ainda não foi explorado.

"Chegamos a um bom acordo e estão demorando. Se levarem muito mais tempo, vou nacionalizar e expulsá-los do país", acrescentou o presidente.

Acordo

A petrolífera brasileira e o governo acordaram no mês passado a transferência para controle estatal do bloco petrolífero, em uma negociação global que impulsiona Correa a trocar a modalidade contratual das atuais companhias sócias a meras operadoras das áreas de concessão.

Enquanto isso, a Petrobras analisa subscrever diretamente o contrato de prestação de serviços.

Correa disse que as petrolíferas reduziram os níveis de produção em cerca de 13 por cento, devido a suspensão dos investimentos à espera das decisões do governo e do referendo sobre a nova Constituição.

O Equador produz cerca de 500 mil barris de petróleo diários, incluindo a produção da estatal Petroecuador e das companhias privadas.

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