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Venezuela

Presidentes lançam nova petroquímica de US$ 3 bi

Lançamento marca Cúpula Energética da América do Sul

Michel Laub é atração nesta quarta. Veja quem vem depois: | Divulgação/Nume Comunicação
Michel Laub é atração nesta quarta. Veja quem vem depois: (Foto: Divulgação/Nume Comunicação)

Barcelona, Venezuela – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o colega Hugo Chávez, ao lado do paraguaio Nicanor Duarte e do boliviano Evo Morales, participaram ontem, em Barcelona (a 300 quilômetros de Caracas), do anúncio de lançamento das obras de um complexo petroquímico avaliado em US$ 3 bilhões e que terá como sócios a brasileira Braskem, do grupo Odebrecht, e a estatal venezuelana Pequiven. O lançamento ocorreu durante a 1.ª Cúpula Energética da América do Sul, que termina hoje.

A unidade de produção de polipropileno dessa joint venture deverá entrar em operação no final de 2009. Já o restante do complexo, em 2011. O projeto prevê a implantação de duas fábricas de resinas termoplásticas. Como matéria-prima, usarão o gás natural produzido pela PDVSA na faixa do Caribe, região que vem sendo apontada pelo presidente Hugo Chávez como "uma das maiores reservas de gás do mundo".

A Braskem foi convidada, no ano passado, pelo governo venezuelano a atuar no país. Segundo Chávez, o objetivo é agregar valor à produção venezuelana de gás, até então "escondida pelas transnacionais, que queriam guardar as reservas para o futuro". A primeira fábrica da parceria binacional vai produzir 450 mil toneladas de polipropileno por ano. A segunda, em 2011, terá capacidade para 1,2 milhão de toneladas de polietileno.

O governo da Venezuela quer atrair outras empresas de terceira geração para o entorno das unidades, que ficam em um grande complexo que vem sendo preparado para industrializar a produção de óleo e gás do país. "O complexo pode colocar a região entre as mais capazes na produção de termoplásticos", afirmou o presidente Lula.

Braskem e Pequiven terão, cada uma, 50% da empresa responsável pelo projeto. Do investimento total, 30% serão feitos com capital próprio e o restante captado no mercado financeiro. O diretor de relações institucionais da Braskem, Alexandrino de Alencar, disse que, com os contratos já assinados, a companhia começa agora a procurar as melhores opções de financiamento.

Em seu discurso, Chávez disse que a produção priorizará o mercado interno, mas a Braskem calcula que a maior parte será exportada, uma vez que o consumo de plásticos é pequeno na Venezuela. O principal mercado: os EUA, mais uma vez atacados verbalmente pelo presidente venezuelano, que prometeu uma "guerra de cem anos", caso os americanos tentem "buscar nosso petróleo com armas".

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