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A primeira-dama do México, Angélica Rivera, anunciou na noite de terça-feira (18) que venderá sua parte em uma casa construída e ainda pertencente a uma companhia que ganhou milhões em contratos com o governo do presidente Enrique Peña Nieto.

O anúncio parece uma tentativa de conter um escândalo de conflito de interesses que cerca o casal presidencial. Em um pronunciamento de sete minutos veiculado em um vídeo, Rivera esclareceu que a mansão que transformou o presidente em alvo de questionamentos foi comprada graças a seu salário como atriz de telenovelas.

"Não tenho nada a esconder, trabalhei toda minha vida para ter um patrimônio", afirmou Angélica Rivera em seu site. As obras de ampliação do imóvel foram ligadas ao grupo chinês que ganhou uma licitação de mais de US$ 3,7 bilhões para a construção do primeiro trem-bala do país, entre a Cidade do México e a cidade industrial de Querétaro (centro). O contrato foi cancelado repentinamente pelo presidente dias depois do anúncio.

Rivera, conhecida no México como "La Gaviota" por causa de um de seus papéis de maior sucesso, admitiu que a obra de ampliação da casa, adquirida por US$ 3,9 milhões, foi realizada pela "Ingeniería Inmobiliaria del Centro", propriedade do Grupo Higa, que, em associação com a China Railway Construction Corporation, venceu a licitação para o trem-bala.

O escândalo envolvendo a mansão é mais um problema para Peña Nieto, que atravessa a crise mais grave de seu governo, iniciado em 2012, depois do desaparecimento de 43 estudantes, supostamente mortos na área rural de Ayotzinapa, em Iguala (sul).

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