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O primeiro-ministro da Itália, Romano Prodi, apresentou nesta quarta-feira sua renúncia ao presidente Giorgio Napolitano, depois de o Senado rejeitar a sua política externa, confirmaram fontes oficiais.

O Governo, dividido em relação à guerra no Afeganistão e à ligação militar com os Estados Unidos, foi derrotado numa votação parlamentar crucial, o que fez a oposição pressionar pela saída do primeiro-ministro. Constitucionalmente, a derrota não exigia que Prodi deixasse o posto, mas o ministro das Relações Exteriores, Massimo D''Alema, havia dito antes da votação que o governo de centro-esquerda deveria renunciar se não tivesse maioria parlamentar em questões de política externa.

A moção, uma declaração de apoio à política externa, recebeu 158 votos, dois a menos que a maioria necessária. Os resultados foram seguidos de um coro da oposição pedindo a queda do governo.

Renato Schifani, líder no Senado do maior partido da oposição, o Forza Italia, exibia um exemplar de quarta-feira do jornal La Stampa, que trazia a declaração de D'Alema advertindo os pacifistas do governo que são contra a presença militar italiana no Afeganistão. A Itália mantém 1.900 soldados no Afeganistão, numa missão liderada pela Otan.

- Tenho em minhas mãos um dos jornais mais importantes do país, com uma declaração do ministro D'Alema: "Renúncia se não tivermos maioria" - disse Schifani, para o delírio dos aliados. - Não há mais maioria... Não há mais governo Prodi. O governo Prodi caiu nesta Casa - disse.

A derrota foi o pior revés do governo de Prodi, que durou apenas nove meses e estava profundamente dividido em vários aspectos, desde a presença militar no Afeganistão até o projeto de união civil para homossexuais e casais não-casados.

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