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O líder palestino do Hamas, Ismail Haniya (direita) e o primeiro-ministro do Egito, Hisham Qandil, seguram criança morta em ataques israelenses durante visita a um hospital na Faixa de Gaza. Egípcio pede cessar-fogo na região | AFP PHOTO/MAHMUD HAMS
O líder palestino do Hamas, Ismail Haniya (direita) e o primeiro-ministro do Egito, Hisham Qandil, seguram criança morta em ataques israelenses durante visita a um hospital na Faixa de Gaza. Egípcio pede cessar-fogo na região| Foto: AFP PHOTO/MAHMUD HAMS

Polícia israelense enfrenta manifestantes em Jerusalém Oriental

A polícia israelense dispersou, nesta sexta-feira, uma manifestação de cerca de 200 palestinos que se concentraram em Jerusalém Oriental para protestar contra a nova ofensiva do exército de Israel em Gaza. Centenas de agentes da polícia israelense enfrentaram os manifestantes junto ao Portão de Damasco, pouco depois da reza comunitária que os muçulmanos praticam todas sextas-feiras.

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O primeiro-ministro egípcio, Hisham Qandil, fez um apelo nesta sexta-feira (16) em Gaza por um cessar-fogo como primeiro passo rumo a uma paz que leve estabilidade ao Oriente Médio e anunciou novas "visitas egípcias oficiais e não oficiais" à faixa. "Não podemos nos calar perante essa tragédia e todo o mundo precisa assumir sua responsabilidade. Israel tem que respeitar os tratados internacionais que assinou", acrescentou em um discurso à imprensa junto ao chefe do governo do Hamas na faixa, Ismail Haniyeh.

Qandil, que abandonou a zona depois das rezas do meio-dia, foi testemunha dos enfrentamentos entre Israel e as milícias palestinas porque a trégua que deveram haver respeitado se rompeu quase desde um princípio. Enquanto estava no hospital, o porta-voz do Ministério da Saúde do Hamas, Ashraf al Qidra, denunciou que Israel matou um jovem de 19 anos e feriu outras três pessoas em um ataque aéreo no norte de Gaza.

"Eles não deixaram de disparar e nós temos que responder", disse à Agência Efe o comandante Arieh Shalicar, porta-voz do exército israelense ao acusar as milícias da faixa de violar o cessar-fogo. Segundo o exército israelense, as milícias palestinas lançaram mais de 50 foguetes durante a visita.

Quatorze dirigentes egípcios, entre eles ministros, deputados e agentes de serviços secretos acompanharam Qandil na visita. O líder egípcio afirmou que seu país "está ao lado de seus irmãos na Palestina até que os palestinos acabem com a ocupação e estabeleçam seu Estado independente".

"Estamos tentando conseguir um cessar-fogo duradouro até que se alcance a paz global e justa. Esse é o único caminho para conseguir tranquilidade e estabilidade na região", acrescentou, antes de "lembrar a todo o mundo que a Palestina é o único lugar do mundo sob ocupação e bloqueio".

O primeiro-ministro egípcio ressaltou ainda que sua visita a Gaza, a mais importante dos cinco anos e meio que a região está sob controle do Hamas, é uma "demonstração de solidariedade", mas também de "apoio físico".

Qandil convocou as facções palestinas a "se unirem para pôr fim às disputas e divisões" porque "o poder do povo palestino vem de sua união". O primeiro-ministro egípcio precisou conter as lágrimas ao falar das imagens que tinha presenciado no hospital Shifa, em Gaza.

Em um momento da entrevista coletiva, Haniyeh levantou o braço a Qandil para mostrar as manchas de sangue de um menino morto em um ataque israelense, cujo cadáver os dois haviam levantado. Em seguida o chefe do governo do Hamas tomou a palavra para agradecer esta "visita histórica" que definiu como "coerente com a revolução egípcia".

"A visita é uma mensagem à ocupação. Não vamos deixar Gaza só. É uma mensagem de solidariedade ao povo palestino. Estamos com vocês. Venceremos e enfrentaremos a agressão (...) através da resistência de nosso povo e através da ação do Egito e de todos os líderes do mundo", acrescentou.

Haniyeh assinalou que a "valente" decisão do Cairo "chegou ao coração de todos os palestinos" e incentivou "todos os líderes do mundo árabe e muçulmano a seguirem os passos do Egito para frear a agressão".

Ao entrar na à faixa, Qandil foi recebido por Ziad Zaza, vice-primeiro-ministro do Executivo em Gaza, já que Ismael Haniyeh e outros dirigentes do movimento islamita estão escondidos por temor ao exército israelense que na quarta-feira matou ao líder do braço armado do Hamas, Ahmed Jaabari, e que inaugurou a ofensiva militar.

Qandil cruzou a passagem fronteiriça de Rafah acompanhado por 14 responsáveis egípcios, entre eles ministros, deputados e agentes de serviços secretos.

Israel havia se comprometido a respeitar um cessar-fogo solicitado pelo Cairo, mas o lançamento de foguetes de Gaza e posteriormente os bombardeios israelenses continuaram durante a viagem, de apenas três horas.

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