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Europa

Primeiro-ministro italiano decide renunciar a cargo

Enrico Letta anunciou nesta quinta-feira (13) que vai deixar o posto após decisão do partido dele em propor a criação de um novo governo que substitua o atual

A decisão do ainda primeiro-ministro da Itália é anunciada depois que a direção nacional do PD aprovou a proposta de seu secretário-geral, Matteo Renzi, de favorecer a criação de um novo governo que substitua o atual | Reuters / Tony Gentile
A decisão do ainda primeiro-ministro da Itália é anunciada depois que a direção nacional do PD aprovou a proposta de seu secretário-geral, Matteo Renzi, de favorecer a criação de um novo governo que substitua o atual (Foto: Reuters / Tony Gentile)

O primeiro-ministro da Itália, Enrico Letta, anunciou nesta quinta-feira (13) sua intenção de entregar o cargo na sexta-feira (14) ao presidente Giorgio Napolitano. O próprio Letta anunciou sua decisão após a assembleia do Partido Democrata (PD).

"Como resultado das decisões tomadas hoje [quinta-feira, 13] pela direção nacional do Partido Democrata, informei ao presidente da República, Giorgio Napolitano, a minha vontade de apresentar-me amanhã [sexta, 14] no Quirinale [sede da Chefia do Estado] para renunciar ao cargo de presidente do Conselho de Ministros", disse Letta.

A decisão do ainda primeiro-ministro da Itália é anunciada depois que a direção nacional do PD aprovou a proposta de seu secretário-geral, Matteo Renzi, de favorecer a criação de um novo governo que substitua o atual.

Reformas

Segundo Renzi, a formação de um novo Executivo é "necessária" e "urgente" para poder realizar reformas concretas no país antes de 2018.

Esta proposta foi aprovada com 136 votos a favor, 16 contra e duas abstenções, enquanto os partidários de Letta, uma minoria, abandonaram a sede do PD e se recusaram assim a participar da votação.

O governo de Enrico Letta termina nesta sexta-feira (14) após dez meses de sua formação. Foi constituído em 28 de abril de 2013 perante a incapacidade do também social-democrata Pier Luigi Bersani de formar um governo estável, após ganhar o pleito de fevereiro de 2013.

Apoio

Ao longo da tarde desta quinta (13), o vice-presidente do governo e líder do Novo Centro-Direita (NCD), Angelino Alfano, se reuniu com Letta e lhe mostrou seu apoio.

Por sua parte, o ex-primeiro-ministro e líder do partido Forza Itália, Silvio Berlusconi, que se manteve o tempo todo à margem desta crise, reuniu os membros de seu partido em sua sede geral.

Já o presidente da República, Giorgio Napolitano, que não realizou nenhum pronunciamento público nem declaração, deixou claro ontem que não quer "nem ouvir falar de eleições antecipadas" e que "a bola" está agora "no telhado do PD".

Segundo informaram os meios de comunicação italianos, o novo governo poderia formar-se na terça (18) ou na quarta-feira da próxima semana.

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