Os duques de Palma de Maiorca, a princesa Cristina da Espanha e seu marido, Iñaki Urdangarin, pediram nesta terça-feira (28) autorização ao juiz, José Castro responsável do caso Nóos em que são acusados de fraude fiscal para vender o seu palácio de Pedralbes, em Barcelona.
Metade do imóvel, a parte que cabe ao duque, está sob embargo judicial desde novembro de 2013, para cobrir a fiança de responsabilidade civil de 6,1 milhões de euros imposta pelo juiz ao cunhado do rei Felipe VI da Espanha. Urdangarin é acusado também de evasão fiscal, falsificação de documentos e apropriação de verba pública. Ele teria se aproveitado de sua influência devido ao parentesco com a família real para conseguir uma série de benefícios para a organização que comandava.
A permissão do juiz é imprescindível para seguir com a venda. Castro já se manifestou dizendo que vai analisar o pedido nos próximos dias, mas que antes de tomar uma decisão vai consultar a promotoria. "Eu tenho que ver", informou o juiz nesta terça-feira.
De acordo com o advogado da princesa, Miquel Roca Junyent, Cristina estaria "arrasada por ter que vender sua casa de Pedralbes", comprada em 2004 5,8 milhões de euros, e que teria passado por uma reforma que custou 3 milhões.
Milionário árabe
A mansão estaria sendo vendida por 6 milhões de euros e de acordo com o jornal espanhol "El Confidencial", o comprador do palacete de Pedralbes, que tem mil metros quadrados de área construída, seria um milionário árabe. Ele já teria até dado uma entrada para garantir o imóvel.
A residência foi colocada à venda em setembro de 2013. Localizada em uma das zonas mais exclusivas de Barcelona, a mansão possui sete quartos, 10 banheiros, casa para hóspedes, piscina de água salgada, jardim de 1.300 metros quadrados, elevador e vista panorâmica para a cidade.
