Lisboa O chefe da polícia de Portugal afastou, ontem, o principal investigador do caso da menina britânica desaparecida Madeleine McCann. Gonçalo Amaral foi retirado da liderança do caso após acusar a polícia britânica de ser influenciada pelos pais da garota sobre as pistas que decidiram seguir. "O diretor nacional finalizou os serviços do coordenador da polícia judiciária em Portimão", informou uma porta-voz policial.
Amaral perde seu atual cargo na polícia, mas não será desligado da força. Nenhum substituto foi indicado até agora. O policial foi citado ontem em um jornal português declarando que a polícia britânica havia esquecido que Gerry e Kate McCann, pais da garota, permaneciam suspeitos do desaparecimento Madeleine. Autoridades portuguesas indiciaram formalmente os McCanns como suspeitos em 7 de setembro, dois dias antes de o casal deixar Portugal e voltar à Inglaterra. Há outro suspeito no caso.
Madeleine McCann desapareceu de um quarto de hotel no resort de Algarve em 3 de maio, poucos dias antes de completar 4 anos. Os pais alegam que são inocentes e lançaram uma grande campanha para tentar achar a filha, que, segundo eles, foi sequestrada. "A polícia britânica tem trabalhado apenas sobre a vontade dos McCanns e o que se encaixa a eles", disse Amaral, segundo um jornal português.



