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Visita

Príncipe Charles e duquesa Camilla ficam 40 min na Favela da Maré

Logo na chegada, moradores furaram cerco feito pelos seguranças. Mais cedo, príncipe de Gales discursou no Palácio do Itamaraty

Príncipe Charles e Camilla chegam à favela do Rio | Reuters
Príncipe Charles e Camilla chegam à favela do Rio (Foto: Reuters)

Durou cerca de 40 minutos a visita do príncipe Charles e sua mulher, a duquesa da Cornuália, Camilla Parker, ao conjunto de favelas da Maré, no subúrbio do Rio, na tarde desta quinta-feira (12). "Não posso falar, estou com sede", foi a resposta do príncipe a uma pergunta de repórter.

Depois da favela, Charles seguiu para o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que foi fundado por fundado por D. João VI.

Logo na chegada do casal real, houve momentos de tensão: moradores e a imprensa conseguiram furar o cerco feito pelos seguranças. Houve tumulto, mas depois o esquema de segurança voltou ao normal.

O príncipe Charles assistiu a uma apresentação da bateria de uma escola de samba. Diferentemente da sua visita de 1978, quando sambou com a passista Pinah, desta vez ele apenas tocou chocalho junto com os ritmistas. "Ele pegou o chocalho meio sem jeito, de cabeça para baixo. Mas para quem não tem experiência, ele tocou 'direitinho'", disse a dona do instrumento, Maria Luisa da Silva, que mora na favela há 35 anos.

Em seguida, os dois conheceram projetos sociais da ONG Luta Pela Paz, fundada pelo britânico Luke Dowdney. Lá assistiram a uma apresentação de capoeira e conversaram com jovens assistidos pelo projeto, entre eles, o lutador Roberto Custódio, de 21 anos, que integra a equipe brasileira de boxe.

"Ele me desejou boa sorte em 2012 (Olimpíadas de Londres), mas brincou dizendo esperar que eu não ganhe dos ingleses", disse Custódio, que começou a lutar na ONG.

Discurso no Itamaraty

Mais cedo, príncipe Charles fez discurso no Palácio do Itamaraty. Na ocasião, ele disse que é preciso conciliar o crescimento econômico com a proteção da natureza.

Numa sala com cerca de 150 pessoas, ele alertou que a atual crise econômica mundial tem mostrado que o antigo modelo industrial de desenvolvimento falhou, e que o desenvolvimento sustentável talvez seja a única maneira de guiar a economia daqui pra frente.

"Devemos encontrar maneiras de, simultaneamente, impulsionar a economia e proteger a natureza", disse ele, que lembrou ainda do ativista brasileiro Chico Mendes. "As melhores projeções dizem que nós temos 100 meses para mudar de comportamento antes que enfrentemos uma catastrófica mudança de clima e os horrores que isso possa trazer."

Ele elogiou ainda as políticas brasileiras contra o desmatamento da Amazônia e o Fundo Amazônia, e falou da importância da parceria com a iniciativa privada para proteger as florestas.

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