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A primeira missão ao exterior do novo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, será à China, onde participará nesta semana de uma conferência de países latino-americanos.

Vieira estreia na arena internacional no país considerado politicamente estratégico para o governo, cujo mercado de 1,38 bilhão de pessoas é um dos alvos principais do Brasil.

De janeiro a junho de 2014, a China, maior parceiro comercial brasileiro, foi o destino de 21,6% das exportações nacionais, o dobro dos EUA, segundo colocado.

Para o novo chanceler, começar pela China é fruto de um coincidência, a realização do 1º Fórum China-Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), em Pequim, nos dias 8 e 9. Será o primeiro encontro da associação criada no ano passado, em Cuba. É mais uma iniciativa de Pequim para estreitar os laços com a América Latina, onde já tem grande presença com investimentos e comércio.

"Nossas relações vão entrar em uma nova era e ascender a um patamar mais alto", disse nesta segunda (5) Zhu Qingqiao, diretor de América Latina do ministério das Relações Exteriores chinês.

Segundo Zhu, dos 33 países da Celac, 30 confirmaram presença, incluindo 20 chanceleres. A abertura contará com a presença dos chefes de Estado, da Costa Rica, Equador e Venezuela, assim como o presidente chinês, Xi Jinping.

O diplomata chinês deu a entender que este primeiro encontro tratará mais de questões procedimentais, para a instalação do fórum, mas ressaltou que o objetivo é ampliar as relações políticas e econômicas já existentes.

Apesar da desaceleração da economia chinesa, nos primeiros 11 meses de 2014 o comércio entre a China e a América Latina cresceu 1,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, chegando a US$ 241,9 milhões. Os números são do governo chinês.

No dia da posse, a presidente Dilma encontrou-se com o vice-presidente da China, Li Yuanchao, a quem afirmou que a parceria Estratégica com a China terá "tratamento prioritário" no segundo mandato. Dilma aplaudiu especificamente o interesse de empresas chinesas em investir em ferrovias no Brasil e considerou "promissor" o diálogo entre Brasil, Peru e China sobre a ferrovia Transcontinental.

A diplomacia chinesa organizará o encontro sob o impacto do afastamento, por suspeita de corrupção, de Zhang Kunsheng, que acumulava as funções de ministro-assistente das Relações Exteriores, chefe do protocolo e responsável pela América Latina e Caribe.

Zhan é o primeiro diplomata atingido pela ampla campanha contra a corrupção deslanchada pelo governo chinês, que colocou milhares de funcionários públicos sob investigação nos últimos dois anos.

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