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O líder do grupo Wagner durante vídeo divulgado na sexta-feira (24), em que anunciava a tomada de Rostov, cidade no sul da Rússia.
O líder do grupo Wagner durante vídeo divulgado na sexta-feira (24), em que anunciava a tomada de Rostov, cidade no sul da Rússia.| Foto: Reprodução/EFE/Telegram Yevgeny Prigozhin

O processo criminal aberto pela organização de uma rebelião armada contra o chefe do grupo mercenário Wagner, Yevgeny Prigozhin, continua aberto, apesar do Kremlin ter garantido que o líder não seria processado e que iria para o exílio em Belarus. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (26) pelo jornal russo Kommersant.

O gabinete do procurador-geral da Rússia abriu o caso sob o Artigo 279 do Código Penal russo na noite de sexta-feira (23). No dia, Prigozhin e seus homens haviam anunciado que tinham cruzado a fronteira da Ucrânia para a região russa de Rostov, iniciando assim o que eles chamaram de uma "marcha por justiça" que iria até Moscou. A decisão ocorreu depois da denúncia feita por Prigozhin de que o Exército russo teria realizado um ataque contra um acampamento de mercenários do grupo que estavam na retaguarda russa.

Apesar do fato de grupos como o Wagner serem "proibidos pela lei russa", no contexto da guerra na Ucrânia a companhia de mercenários tornou-se o principal destacamento de assalto das forças russas lutando em solo ucraniano.

Foi dessa posição que o chefe do Wagner denunciou a gestão desastrosa do comando militar russo, encabeçado pelo ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e pelo chefe do Estado-Maior, Valeri Guerasimov, na invasão ao país vizinho . Segundo Prigozhin, a invasão à Ucrânia já custou a vida de cerca de "100.000 soldados russos".

A rebelião de Prigozhin foi paralisada no sábado (24), após o líder do Wagner alcançar um acordo com o Kremlin. No acordo, intermediado pelo ditador de Belarus, Aleksandr Lukashenko, as partes concordaram em mandar Prigozhin para o exílio em Belarus, em troca da retirada da acusação criminal, pela qual o líder pode ser condenado a penas de prisão entre 12 e 20 anos.

O acordo também previa que os mercenários que se juntaram ao levante de seu chefe não seriam processados ​​e que os combatentes que não tenham participado diretamente dele poderiam assinar um contrato com o Ministério da Defesa e se subordinar ao comando de Shoigu e Gerasimov.

Tanto Shoigu quanto o presidente russo, Vladimir Putin, ordenaram que todas as unidades "voluntárias" russas assinassem um contrato com a pasta de Defesa até 1º de julho, algo que Prigozhin rejeitou categoricamente antes da rebelião. Atualmente não se sabe onde o chefe do Wagner está localizado.

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