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Funcionários da OMS acreditavam que a produção dos remédios para controle da nova gripe pudesse começar antes do fim de maio | Karoly Arvai  / Reuters
Funcionários da OMS acreditavam que a produção dos remédios para controle da nova gripe pudesse começar antes do fim de maio| Foto: Karoly Arvai / Reuters
  • Confira perguntas e respostas da gripe suína

Produzir uma vacina para a gripe suína (vírus H1N1) parece ser mais difícil do que o pensavam os especialistas, reconheceu nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS). A constatação ocorre após uma reunião entre o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a chefe da OMS, Margaret Chan, e companhias farmacêuticas. Nesta terça-feira (19), autoridades japonesas informaram que o número de casos confirmados da doença no país chega a 173. O número, registrado em estudantes do ensino médio na sua maioria, aumentou o alerta do Japão.

Funcionários de saúde de todo o mundo estão reunidos esta semana em Genebra para a reunião anual da OMS, onde discutem a doença, que já infectou mais de nove mil em mais de 40 países, matando 76 pessoas.

Especialistas em gripe disseram no encontro que os fabricantes de vacinas não estão preparados para produzir uma vacina contra a gripe suína até, ao menos, meados de julho. Anteriormente, funcionários da OMS acreditavam que a produção dos remédios pudesse começar antes do fim de maio. Além disso, especialistas não encontraram evidência de que as vacinas para a gripe comum ofereçam qualquer proteção contra a variante suína.

"Se chegarmos à decisão conjunta de que temos que mudar para a produção de vacinas contra o vírus H1N1, teremos a capacidade de fazer", disse Sjirk Kok, vice-presidente do Solvay Biologicals.

O acesso à vacina contra a gripe suína dominou os dois primeiros dias do encontro anual, onde 193 países se esforçam para descobrir uma forma de evitar piores efeitos da gripe recém-descoberta.

De acordo com a OMS, 40 países confirmaram casos do vírus, com maior concentração no México, Estados Unidos, Canadá, Japão, Reino Unido e Espanha.

"Uma pandemia de gripe é um exemplo extremo da necessidade de solidariedade ante um perigo comum", disse Margaret Chan.

"Eu peço encarecidamente que vocês pensem em qualquer coisa que possa ser feita coletivamente para impedir que os países em desenvolvimento sejam novamente os mais afetados pelo contágio global", disse Chan na Assembleia.

Especialistas da área de saúde temem que o inverno no Hemisfério Sul se torne um terreno fértil para que o novo vírus se espalhe em países pobres, ao mesmo tempo em que lidam com a temporada de gripe.

No passado, países em desenvolvimento como a Indonésia já protestaram contra o uso de espécimes biológicos para produzir injeções patenteadas que são vendidas a preços inacessíveis.

Tanto os EUA como o Canadá prometeram ajudar os países mais pobres a combater o vírus à medida que ele continua a se disseminar. A assistência se dará por doações financeiras à OMS e por meio de auxílio técnico aos países que precisam de diagnósticos ou de outras formas de ajuda.

Coreia do Sul confirma produção de vacina contra gripe H1N1

Cientistas da Faculdade de Veterinária da Universidade Nacional de Chungnam, na Coreia do Sul, afirmam ter produzido uma vacina contra a gripe H1N1. De acordo com a equipe do professor Seo Sang-heui, a vacina foi produzida a partir de do vírus fornecido pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) e poderá ser fabricada pela indústria farmacêutica em um prazo de 4 meses.

Os pesquisadores sul-coreanos informaram à Organização Mundial da Saúde (OMS) e ao CDC que a vacina CNUK-RG A/CA/4xPR/8(H1N1) pode ser oferecida gratuitamente aos laboratórios que tenham interesse em produzi-la e testá-la em humanos, para assegurar sua eficácia. O preço de produção estimado pela equipe é de 3,50 euros por pessoa.

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