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O chanceler alemão, Olaf Scholz
O chanceler alemão, Olaf Scholz| Foto: EFE/EPA/CLEMENS BILAN

Diversos produtores rurais e caminhoneiros da Alemanha iniciaram nesta segunda-feira (8) uma manifestação contra os planos do governo federal de reduzir a isenção de impostos para o setor agrícola.

Em 2020, o governo decidiu isentar os impostos sobre o diesel agrícola. A medida foi vista naquele momento como uma forma de ajudar os agricultores a lidar com a alta dos custos de produção, no entanto, o governo liderado pelo chanceler Olaf Scholz decidiu reverter essa medida em dezembro como uma forma de encontrar dinheiro para sanar um déficit fiscal de 17 bilhões de euros nos cofres públicos.

A associação dos produtores rurais da Alemanha afirma que os cortes dos subsídios podem representar uma perda de até 10 mil euros (R$ 53,3 mil) por ano para cada produtor. O governo, por sua vez, diz que não “há espaço para mais concessões” e que já fez um “recuo parcial” na semana passada, mantendo um desconto no imposto sobre veículos agrícolas e adiando o fim do subsídio ao diesel por três anos.

Os protestos desta segunda contam com o apoio da oposição e também de algumas pessoas que integram o partido de Scholz. Segundo informações da mídia local, os protestos poderão durar uma semana.

O vice-chanceler da Alemanha e ministro da Economia, Robert Habeck, disse que as manifestações correm o risco de serem "cooptadas" pelo que chamou de “extrema-direita”, que estaria “tentando explorar o descontentamento dos produtores rurais” para “fomentar divisões políticas e oposição à democracia”.

O presidente da associação dos produtores rurais, Joachim Rukwied, afirmou que não existe nenhuma infiltração dentro de sua organização e reafirmou que os protestos ocorrem por causa da insatisfação dos produtores com a decisão do governo Scholz.

Além da greve dos produtores rurais e dos caminhoneiros, a Alemanha deverá contar a partir desta quarta-feira (10) com uma greve dos ferroviários, que poderá durar até sexta-feira (12), segundo informações do jornal France24. A paralisação é fruto de um impasse na negociação entre o sindicato dos ferroviários e a operadora estatal Deutsche Bahn (DB).

O sindicato reivindica uma redução da jornada de trabalho dos ferroviários de 38 para 35 horas semanais, sem perda salarial, e um aumento de 555 euros (R$ 2,9 mil) por mês.

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