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Expansão militar

“Projeto 141”: o plano global de vigilância da China

Soldados do Exército de Libertação Popular da China (ELP) marcham ao lado do Grande Salão do Povo, em Pequim (Foto: EFE/EPA/ROMAN PILIPEY)

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Recentemente, veio a público que a China está construindo um complexo militar que pode ser o maior do mundo, com proporções quase 10 vezes maiores que o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA.

Essa é uma das formas de o gigante asiático expandir sua influência e se preparar para conflitos globais. Mas não é a única.

A inteligência americana revelou há alguns anos que o regime de Xi Jinping tem outros planos extraterritoriais para exercer esse poder em um mundo cada vez mais polarizado. Um exemplo disso é o Projeto 141, uma iniciativa do Exército de Libertação Popular da China (ELP) para expandir suas bases militares globalmente e sua rede de suporte logístico.

Em 2023, serviços de espionagem americanos identificaram a construção de uma possível instalação militar chinesa nos Emirados Árabes Unidos. Rapidamente, o aliado rico em petróleo dos EUA cortou laços com o projeto de Pequim devido a "preocupações" de Washington, de acordo com documentos obtidos pelo jornal americano The Washington Post, na ocasião.

Os arquivos apontam que o regime chinês espera concluir a construção de pelo menos cinco bases no exterior e de 10 locais de apoio logístico até 2030 em diferentes países. Outro documento secreto ao qual o Post teve acesso mostra um mapa de outras instalações planejadas no Oriente Médio, Sudeste Asiático e na África.

Outros dois destinos visados pela China se encontram ainda mais perto dos EUA. Um deles, segundo o Post, é Cuba, onde o gigante asiático busca estabelecer uma instalação militar, com apoio de ditadura de Miguel Diáz-Canel, que tem se aproximado cada vez mais do regime de Xi. As negociações, segundo o jornal, "estariam avançadas".

Fontes familiarizadas com o assunto disseram que o gigante asiático concordou em pagar a Havana bilhões de dólares para permitir a construção de uma estação de espionagem direcionada aos EUA.

Essa possibilidade soou os alarmes de Washington, já que tropas chinesas poderiam estar estacionadas a poucos quilômetros da Flórida. Segundo o jornal espanhol El Confidencial, que consultou documentos relacionado ao Projeto 141, o acordo China-Cuba seria apenas a ponta do iceberg.

Mais perto do Brasil, chama atenção uma base chinesa na Argentina, que recebeu visita dos EUA no ano passado, em meio a investigações sobre suas atividades no país.

Localizada na província patagônica de Neuquén, a presença de Pequim na região reavivou um debate sobre os verdadeiros dos trabalhos da Agência Nacional Chinesa para Lançamento, Rastreamento e Controle Geral de Satélites (CLTC), parte do Exército de Libertação Popular (ELP), no local.

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