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Sakineh Mohammadi Ashtiani, sentenciada à  morte por adultério, em foto tirada em frente à  sua casa em Oskou, próximo de Teerã. A iraniana não foi libertada, disse uma TV estatal iraniana nesta sexta-feira, contrariando relato de uma entidade europeia de direitos humanos | REUTERS/PRESS TV
Sakineh Mohammadi Ashtiani, sentenciada à morte por adultério, em foto tirada em frente à sua casa em Oskou, próximo de Teerã. A iraniana não foi libertada, disse uma TV estatal iraniana nesta sexta-feira, contrariando relato de uma entidade europeia de direitos humanos| Foto: REUTERS/PRESS TV

A iraniana Sakineh Mohammadi Ashtian, que havia sido condenada à morte por apedrejamento, não foi libertada, disse um promotor nesta sexta-feira. Segundo ele, um boato sobre sua libertação, que trouxe uma breve ânimo a simpatizantes pelo mundo, era uma "mentira".

"Sakineh Mohammadi Ashtiani está em detenção e qualquer notícia baseada em sua libertação da prisão de Tabriz é pura mentira", disse Moussa Khalilolahi, promotor da cidade de Tabriz, no noroeste do Irã, à agência de notícias oficial Irna.

"Nenhuma mudança foi feita sobre sua condição legal... O caso está seguindo todos os procedimentos normais e legais", disse ele.

Ashtiani foi condenada ao apedrejamento por adultério, mas a sentença foi suspensa depois da reação de países ocidentais e outros que têm relações amistosas com o Irã. O adultério é o único crime sujeito ao apedrejamento sob a lei islâmica, a Sharia.

A União Europeia chamou a sentença de "bárbara", enquanto o Vaticano pediu clemência, e o Brasil, que tentou intervir no impasse entre o Irã e o Ocidente sobre seu programa nuclear, ofereceu asilo a Ashtiani.

Ela ainda pode ser enforcada por cumplicidade no assassinato de seu marido.

Informações sobre a libertação de Ashtiani parecem ter sido desencadeadas por fotos dela em sua casa divulgadas na mídia internacional na quinta-feira pela Press TV, emissora estatal iraniana que transmite em inglês, antes de uma entrevista que iria ao ar na noite desta sexta-feira.

Os boatos se espalharam rapidamente pela Internet, com milhares de mensagens animadas no site do Twitter depois de o Comitê Internacional Contra o Apedrejamento, com sede na Alemanha, divulgar que "fontes no Irã" tinham informações sobre sua libertação.

Mas a Press TV desmentiu a alegação, dizendo que ao invés de mostrá-la em liberdade, o documentário exibe imagens deAshtiani em sua casa, descrevendo a morte do marido.

"A Press TV... entrou em acordo com as autoridades jurídicas do Irã para acompanhar Ashtiani até sua casa para produzir um relato visual do crime no local do assassinato", explicou a emissora em seu site.

A Press TV afirmou que Ashtiani havia confessado o crime e foi considerada culpada pelo assassinato do marido em conivência com seu amante.

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