Washington O Senado dos Estados Unidos ficou ontem mais próximo de repudiar a estratégia do presidente George W. Bush para o Iraque, graças ao apoio de um influente democrata à proposta republicana de uma resolução contra o envio de mais tropas à guerra.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, o democrata Joseph Biden, apoiou o plano republicano, embora tenha escrito a sua própria versão, mais incisiva.
Biden afirmou que ele e outros democratas decidiram apoiar a versão do republicano John Warner depois que este assegurou que não estava simplesmente pedindo um acréscimo de contingente inferior aos 21,5 mil soldados que Bush decidiu enviar.
"Agora temos uma verdadeira oportunidade para que o Senado fale claramente (sobre o plano de Bush)", disse Biden, pré-candidato à presidência em 2008.
O Senado deve começar a debater a resolução de Warner na segunda-feira. Embora não tenha força de lei, esse recurso dificilmente poderá ser ignorado por Bush, segundo Biden.
"Se a maioria do Congresso e a maioria do povo norte-americano falarem alto, acho que será muito difícil para o presidente ignorar isso totalmente", disse o senador democrata.
Mas Bush afirmou que não se deixará abalar pela resolução do Congresso. O secretário de Defesa Robert Gates, que na semana passava afirmava que a resolução iria dar força ao inimigo, foi mais contido ontem. "Minha opinião é de que todo esse esforço está sendo realizado por pessoas que querem fazer o que acham certo para este país, a melhor coisa que podem pelo país", disse.
