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Uma proposta da oposição democrata, com apoio de alguns senadores republicanos, para bloquear as tarifas sobre importações impostas pelo presidente Donald Trump foi rejeitada nesta quarta-feira (30) pelo Senado dos Estados Unidos.
Segundo informações da CNN, a proposta, que visava revogar a declaração de emergência nacional que Trump usou para justificar as taxas, teve 49 votos favoráveis e 49 contrários e não seguirá para a Câmara, onde já chegaria sem efeito porque o presidente da casa, Mike Johnson, instituiu uma regra para que não fosse votada até 30 de setembro.
Pouco depois, o vice-presidente de Trump, J. D. Vance, que tem o poder de dar votos de Minerva como presidente do Senado, votou contra a proposta, desempatando o placar, que ficou com 50 votos contrários e 49 favoráveis.
O argumento de que apenas o Congresso dos Estados Unidos tem o poder de impor tarifas e que o presidente só pode invocar a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional em caso de “ameaça incomum e extraordinária” do exterior, situação que não estaria configurada no momento, foi o ponto central de duas ações contra as tarifas de Trump apresentadas na Justiça americana este mês: uma ingressada por governos de 12 estados americanos e outra por um grupo de cinco pequenas empresas dos Estados Unidos.
No chamado Dia da Libertação, em 2 de abril, Trump impôs taxas sobre produtos importados de 184 países e territórios e da União Europeia (UE) que partiam de 10%, mas em alguns casos eram bem maiores, como de 34% para a China e 20% para produtos da UE.
Uma semana depois, o presidente republicano anunciou a redução das tarifas para 10% para todos os países e territórios afetados durante 90 dias, exceto a China, que teve sua taxa aumentada. Antes disso, o presidente havia imposto outras tarifas, como de 25% sobre importações de veículos, aço e alumínio.







