Manifestantes atiraram bombas de fumaça e entraram em choque com a polícia nesta quarta-feira (20) no centro de Roma, enquanto o primeiro-ministro italiano, Enrico Letta, recebia o presidente da França, François Hollande.
Os incidentes ocorreram em torno da praça Campo de Fiori, no centro da capital, onde havia um protesto contra a nova ferrovia de alta velocidade que está sendo construída para ligar a França à Itália.
Policiais com cassetetes avançaram contra um grupo de manifestantes que gritava palavras de ordem, empurrando-os para um beco que sai da praça. Os manifestantes atiraram garrafas e sinalizadores na polícia.
O governo italiano diz que a nova ferrovia, que reduzirá a quatro horas a viagem de Paris a Milão, cerca de metade do tempo atual, será vital para fortalecer as comunicações físicas entre a Itália e a resto da Europa.
Mas oponentes do plano se preocupam com seu impacto ambiental e questionam se a Itália deveria gastar bilhões de euros em um projeto tão grandioso, em vez de usar a verba para ajudar famílias atingidas por uma recessão que já dura mais de dois anos.
Os manifestantes também atacaram diretórios do Partido Democrático, de Letta, com rojões, e gritaram ""fora, fora"" depois que a ministra da Justiça, Anna Maria Cancellieri, sobreviveu horas antes a um voto de desconfiança no Parlamento.
Cancellieri enfrenta pressão para renunciar nas últimas semanas, devido a acusações de que teria usado sua influência para tirar da prisão a filha de um magnata dos seguros caído em desgraça. Ela se defendeu dessas acusações na quarta-feira no Parlamento.
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