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Protestantes seguram cartazes contrários à decisão do governo da Ucrânia de não assinar um Acordo de Associação com a União Europeia | REUTERS/Vasily Fedosenko
Protestantes seguram cartazes contrários à decisão do governo da Ucrânia de não assinar um Acordo de Associação com a União Europeia| Foto: REUTERS/Vasily Fedosenko

Dezenas de pessoas ficaram feridas e outras tantas foram presas em uma operação da polícia de Kiev durante a madrugada deste sábado para dispersar os manifestantes contrários à decisão do governo da Ucrânia de não assinar um Acordo de Associação com a União Europeia.

Segundo testemunhas citadas por diferentes veículos de imprensa do país, a polícia ucraniana lançou uma operação, em plena madrugada, para dispersar cerca de mil jovens que ainda permaneciam na Praça da Independência, no centro de Kiev.

De acordo com o deputado e ex-jogador de futebol, Andriy Shevchenko, os jovens "foram agredidos com cassetetes, arrastados pelo chão e agredidos nas pernas, e pelo menos uns 30 foram levados para hospitais".

"Limparam a praça de forma selvagem. Há dezenas de feridos. Dezenas de detidos. Isto nunca tinha sido visto na Ucrânia", afirmou Shevchenko no Twitter.

A praça está agora tomada pelas forças de segurança, que retiram os cartazes e os restos das fogueiras com as quais os jovens se aqueciam.

Desde 21 de novembro, milhares de pessoas protestam no centro de Kiev para exigir que as autoridades assinassem um Acordo de Associação com a União Europeia.

O presidente ucraniano, Viktor Yanukovytch, garantiu ontem em Vilnius, capital da Lituânia, onde foi realizada a cúpula entre a UE e os países da Associação Oriental, que seu país mantém a intenção de assinar o documento que propõe uma aproximação desta antiga república soviética aos valores e padrões da União Europeia.

Mas Yanukovytch insistiu em sua recente proposta para negociações de três lados (Ucrânia, UE e Rússia), uma possibilidade rejeitada tanto pelo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, como pelo líder do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

Yanukovytch insistiu em colocar condições, principalmente econômicas, para a assinatura do Acordo de Associação.

Kiev estima que serão necessários US$ 160 bilhões para a homologação de sua indústria e sua produção, sem contar com o custo em dinheiro e emprego que representaria a perda do mercado russo por sua aproximação com a UE.

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