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Policiais prendem um dos participantes do Occupy na madrugada deste domingo | Stephen Lam/REUTERS
Policiais prendem um dos participantes do Occupy na madrugada deste domingo| Foto: Stephen Lam/REUTERS

Cerca de 200 militantes anticapitalistas do Occupy protestaram no sábado à noite diante de um hotel de Washington onde estava reunida a elite da cidade com o presidente americano, Barack Obama, e sua esposa Michelle, enquanto em Oakland cerca de 200 membros do Occupy Oakland foram presos.

Os manifestantes protestavam contra uma ameaça de desmantelamento na segunda-feira de seu acampamento na Praça McPherson, situada próximo à Casa Branca.

Diante do hotel cinco estrelas onde era realizada a noite de gala anual do exclusivo Alfalfa Club, os manifestantes dançaram e pularam diante de policiais perplexos.

Agentes do NPS (National Park Service) indicaram na sexta-feira aos manifestantes que aplicariam a partir de segunda as instruções de proibir acampamentos noturnos na Praça McPherson, algo tolerado até o momento.

O movimento de ocupação anticapitalista que começou em setembro em Nova York, com o Occupy Wall Street, se estendeu para Washington em dois acampamentos: o Occupy DC na Praça McPherson e o Occupy Washington DC na Freedom Plaza, ambas próximas à Casa Branca.

As autoridades, que por muito tempo aceitaram os protestos, apresentaram recentemente sinais de aborrecimento devido à persistência do movimento de ocupação de Washington, último bastião visível do protesto depois do despejo dos militantes da Praça Zuccotti em Nova York.

Em outra manifestação ocorrida mais cedo, duzentas pessoas foram presas e três policiais ficaram feridos quando manifestantes anti-Wall Street tentaram ocupar prédios públicos no centro de Oakland (próximo a San Francisco na Califórnia, oeste dos Estados Unidos), informou a Polícia.

Os manifestantes do " Occupy Oakland", um braço local do "Ocupe Wall Street", tentaram inicialmente ocupar o centro de convenções Henry Kaiser e, depois, o centro esportivo YMCA e a Prefeitura da cidade.

"Estima-se que houve um total de 200 prisões. Três oficiais de polícia e um manifestante ficaram feridos e três veículos particulares foram depredados", informou a Polícia de Oakland em um comunicado na noite de sábado.

Uma marcha inicialmente pacífica, que segundo informações da imprensa reuniu 1.000 manifestantes, terminou à tarde diante do centro de convenções Henry Kaiser com alguns tentando derrubar a grade para ocupar o edifício.

Depois, alguns manifestantes agrediram a polícia com garrafas, pedras, latas de spray e explosivos improvisados, o que provocou a reação da polícia antimotins, que tentou dispersar o grupo com bombas de gás lacrimogêneo.

Mas os manifestantes voltaram a se reunir e por volta de 500 pessoas ocuparam a praça Frank Ogawa, no centro da cidade. Divididos em dois grupos, eles tentaram invadir o YMCA e a Prefeitura, onde queimaram uma bandeira americana.

"Mais uma vez, um grupo isolado do movimento Occupy se envolve em ações violentas contra Oakland", disse o prefeito da cidade, Jean Quan, em uma entrevista coletiva à imprensa. "O movimento Occupy a Baía (de San Francisco) deve parar de usar Oakland como seu parque de diversões".

O movimento Occupy Oakland, desalojado de seu acampamento na Praça Frank Ogawa em 25 de outubro após confrontos com a polícia, tinha anunciado para o fim de semana um "festival de revolta" em um edifício vazio que não tinha sido especificado.

"Não conseguimos o edifício, mas lutamos como se nosso futuro dependesse disso", comemorou o grupo em seu Twitter (@OccupyOakland) na tarde de sábado.

"Se a polícia está mais disposta a defender a propriedade do que as pessoas, acho que isso mostra quais são as prioridades da cidade", comentou Carla Orendorff, uma estudante universitária de 23 anos ao jornal local San Francisco Chronicle.

O movimento Occupy protesta contra a crise econômica e contra a cobiça das corporações.

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