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Disputa

Putin ameaça europeus com corte de gás que passa pela Ucrânia

Trabalhadores ainda limpam barricadas no centro de Kiev | Valentyn Ogirenko/Reuters
Trabalhadores ainda limpam barricadas no centro de Kiev (Foto: Valentyn Ogirenko/Reuters)

O presidente da Rússia, Vla­­­­­­dimir Putin, ameaçou ontem os líderes europeus ao afirmar que Moscou po­­deria cortar o envio de gás que passa pela Ucrâ­­nia devido à contínua falta de pagamento por parte deste país, e pediu "consultas imediatas" a três lados para discutir a questão.

Putin enviou uma carta aos líderes de 15 países europeus e da Turquia que recebem gás russo por meio do território ucraniano, na qual expressou sua profunda preocupação pela dívida de Kiev com a Rússia, que supera os US$ 2 bilhões, informou o Kremlin.

Na carta, o líder russo dis­­se que Moscou não exigirá de Kiev outras condi­­ções para o pagamento do gás além das estipuladas no contrato existente desde 2009, mas observou que a companhia estatal Gazprom teria direito de enviar apenas o gás pago antecipadamente e, em caso extremo, cortar o abastecimento.

O presidente sustentou que a "Rússia não pode e não deve sustentar sozinha a carga da economia ucraniana oferecendo rebaixamentos e perdoando dívidas e, de fato, usando esses subsídios para cobrir o déficit da Ucrânia em seu comércio com os países da Europa".

Putin propôs aos países europeus a realização de "con­­sultas imediatas" com ministros de Economia, Fi­­nanças e Energia, no formato Europa-Rússia-Ucrânia, para estabilizar a economia ucraniana e garantir o fornecimento e transporte do gás.

A carta de Putin foi en­­viada aos líderes da Ale­­ma­­­­­­nha, França, Itália, Mol­­dávia, Romênia, Turquia, Hun­­­­gria, Eslováquia, Eslo­­vênia, Ma­­cedônia, República Tcheca, Croácia, Bósnia-Her­­zegovina, Sérvia, Bulgária e Áustria.

A Ucrânia anunciou ontem que deixou de bombear gás russo para seus depósitos subterrâneos, que fornecem o combustível para a Europa, já que não aceita a alta do preço anunciada por Moscou.

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